O senador Pedro Simon (PMDB-RG) defendeu em discurso no Senado Federal que a direção nacional do PMDB intervenha junto ao diretório do partido no estado para que o senador Mão Santa tenha o direito de concorrer a reeleição nas próximas eleições. O senador Pedro Simon, que é símbolo da ética e da correção na Câmara Alta, disse que está à disposição do senador Mão Santa para vir ao Piauí. "Eu estou à sua disposição, tanto para ir ao Piauí e exigir a candidatura de vossa excelência, como para ir à direção nacional do partido e pedir intervenção junto ao diretório do PMDB no seu estado". O senador disse respeitar muito o presidente do partido, o deputado federal Alberto Silva, seu "colega na Casa", mas "rifar o nome de vossa excelência (Mão Santa), alguma coisa está errada. Eu soube que falam até que importâncias financeiras entram nas negociações", falou."É por isso senador Mão Santa, que eu digo, esse partido não tem condições (morais) alguma de enterrar o seu direito de disputar uma das duas vagas para esta Casa, por isso defendo a intervenção. Acho que tem que decretar intervenção. É um abuso vossa excelência ter que procurar uma legenda para sair candidato, só porque criticou o governo do PT". O senador lembrou que após a saída de Itamar Franco da presidência da República, os candidatos ao Senado por Minas Gerais eram ele, Itamar Franco e, Nilton Cardoso, que saíram com 83% e 4%, respectivamente, nas pesquisas de intenções de voto que antecediam a convenção. Mas a escolha foi Cardoso e nas eleições o candidato fez somente os 4%."Certamente perdemos a nomeação de Itamar Franco para mostrar a ética e a seriedade do seu governo aqui no Senado. O partido preferiu perder a ganhar com o Itamar Franco. E é o que está acontecendo com vossa excelência, lá no Piauí", contou. "Eu lhe digo. Eu não consigo imaginar a não indicação de vossa excelência para candidato ao Senado por aquele estado. Não me passa pela minha cabeça que com duas vagas vossa excelência não tenha direito de disputar sua vaga a reeleição", pontuou.Desde ontem, é o segundo senador a pronunciar-se por uma solução para o caso. O primeiro foi Geraldo Mesquita (PMDB-AC). "Não consigo entender. Eu vou fazer gestões pessoais dentro do PMDB a nível nacional, conversar com pessoas dentro do nosso partido. Quanto à eleição é o povo do Piauí que diz, mas a legenda é o partido que deve lhe dar. E sua saída, por mim, não deve se concretizar, não deve ocorrer. Será uma perda lamentável para o PMDB. Eu não consigo conviver tranquilamente com esse fato. Peço a vossa excelência, que aguarde mais um pouco, porque vou fazer ingerências pessoais dentro do partido", aconselhou.
Fonte: Agência Senado
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