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Sejap oferta ações de ressocialização para 100 presos no presídio de T

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Sexta - 14/06/2013 às 13:06



Reintegrar os detentos ao convívio social, por meio da educação, trabalhos externos e internos e de capacitação profissional, tem sido uma ação constante no presídio de Timon, cidade distante 450 km de São Luís. Com o apoio da Secretária de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), o estabelecimento penal contempla mais de 100 internos com os trabalhos de ressocialização.

Objetivando a inclusão digital dos apenados, hoje o estabelecimento carcerário disponibiliza curso de informática a 16 presos, que participam, duas vezes por semana, de aulas de World, Power Point, Excel, e outros. Em uma sala com mais de 20 computadores, os detentos aprendem ainda como funciona as máquinas e o nome das principais peças que compõem o computador.

Outra ação que busca reforçar os trabalhos de reintegração social acontece por meio da parceria entre a penitenciária de Timon e a Superintendência de Desenvolvimento Urbano daquele município. Visando garantir a limpeza pública da cidade, oito internos realizam, diariamente, a limpeza de ruas e avenidas da cidade. Remunerado com salário mínimo, o grupo é formado por internos do regime fechado e semiaberto. Os detentos começam as atividades logo nas primeiras horas da manhã e retornam no final da tarde.

O diretor da penitenciária de Timon, Francisco de Assis da Silva, falou da importância das atividades fora do presídio, que consiste em uma preparação para que o apenado retorne à sociedade. Segundo ele, todas as atividades do detento fora do presídio reduzem as tensões dentro do estabelecimento penal. "Para receber o beneficio de trabalho externo o detento passa por uma triagem, na qual assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais atestam se ele está apto ou não para a atividade", informou Francisco Silva.

Além disso, em um espaço amplo e arejado, um total de 24 internos participa do programa de alfabetização que visa ofertar o ensino fundamental e médio aos que não tiveram a oportunidade de concluí-los. Conhecido como EJA - Educação de Jovens e Adultos, o programa é fruto da parceria entre a Sejap e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e tem como finalidade ampliar a oferta da educação de jovens e adultos nos estabelecimentos penais do Maranhão, atendendo não apenas o direito à educação, preconizado nas legislações vigentes, mas possibilitando a ressocialização dos apenados, garantindo-lhe o pleno exercício da cidadania.

Na construção civil outro grupo de detentos se destaca. Responsáveis pela edificação do Centro Educacional São Raimundo Nonato, local onde funciona uma creche destinada aos filhos dos internos e também para a comunidade em geral, o espaço também oferece esporte e lazer. O prédio possui, ainda, igreja, quadra poliesportiva e oferece atividades de jogos de dama e xadrez.

Já no âmbito dos trabalhos realizados dentro da unidade carcerária há um ambiente amplo onde funciona uma horta cultivada pelos próprios detentos. Couve, alface, cebolinha, tomate e salsinha são alguns dos alimentos cultivados.

Os alimentos cultivados têm um papel importante. Além de serem consumidos pelos próprios detentos, eles também são vendidos por um preço mais acessível. O trabalho traz benefícios também para os presos. "Eles aprendem uma profissão e ainda ganham o beneficio de remissão de pena, pois, para cada três dias trabalhados eles têm direito a redução de um dia na pena", disse o diretor da unidade. Os detentos ainda são responsáveis por toda a manutenção da unidade.

Alguns critérios para que o apenado participe destas ações de reintegração social são levados em consideração. A assistente social da unidade, Diana Pereira Servio Ferreira, elencou alguns destes: ter bom comportamento, não ter registro de problemas de indisciplina na unidade prisional, demonstrar interesse em trabalhar são alguns dos requisitos para ingressar nestas atividades. "Já ter saído do presídio para visitar a família, autorizado pela Justiça, e retornado dentro do prazo, estar matriculado em programa educacional, não é fundamental, mas contribui o fato de o preso ter feito curso profissionalizante", complementou Ferreira.

Fonte: oimparcial

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