Saúde

TEMPO SECO

Tempo seco e baixa umidade no Piauí: condições apresentam risco à saúde e exigem cuidados

Secretaria de Estado da Saúde do Piauí alerta a população sobre os riscos com a baixa umidade do ar que pode ficar em até 12% no Piauí

Alinny Maria

Terça - 24/09/2024 às 11:24



Foto: Canva A baixa umidade do ar traz vários prejuízos à saúde
A baixa umidade do ar traz vários prejuízos à saúde

Nos últimos dias, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar tem afetado boa parte do país e no Piauí, onde a população enfrenta atualmente o período mais quente do ano conhecido como B-R-Ó-Bró, o impacto na saúde é ainda mais intenso. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o estado pode registrar índices variando entre 20% e 12%, que representam risco à saúde.

Os cuidados devem ser redobrados  especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. O índice ideal de umidade relativa para a saúde humana é entre 50% e 60%. Com essa previsão, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) alerta a população para os cuidados que se deve ter com o tempo seco e à baixa umidade relativa do ar.

Sintomas

A exposição prolongada a esses baixos índices de umidade pode causar uma série de problemas de saúde, como o ressecamento das mucosas do nariz e da boca, inflamação das vias aéreas superiores, com possível sangramento e obstrução nasal, além de crises agravadas de asma e rinite. Outros sintomas incluem irritação nos olhos, ressecamento da pele e dificuldade para respirar.

Além disso, a exposição ao calor extremo também pode levar à desidratação e até à exaustão. Os sinais de desidratação incluem transpiração excessiva, tonturas, cãibras, dores de cabeça e desmaios. A radiação ultravioleta, que também é elevada nesse período, aumenta o risco de câncer de pele, reforçando a necessidade de evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h.

Amélia Costa, coordenadora de epidemiologia da Sesapi, falou sobre o assunto:

Se hidrate e evite exposição ao sol

A Sesapi recomenda o aumento da ingestão de água e sucos naturais sem açúcar, mesmo sem sentir sede; evitar a exposição direta ao sol; utilizar roupas leves, de preferência de algodão; usar chapéus e óculos escuros; aplicar protetor solar; e permanecer em ambientes frescos, ventilados e, quando possível, com ar-condicionado.

O órgão ainda reforça a importância de atenção redobrada a grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde, que podem não demonstrar os sintomas de desidratação de forma clara. A secretaria recomenda que esses grupos tenham um acompanhamento mais próximo, especialmente durante os períodos mais quentes do dia.

“Em parceria com a Defesa Civil, a Sesapi está desenvolvendo ações de educação para orientar a população sobre os riscos à saúde associados à baixa umidade e às altas temperaturas, reforçando a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde dos municípios para a identificação e monitoramento de sinais e sintomas relacionados às doenças causadas pelo calor”, destaca Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.

Os municípios também foram alertados sobre a necessidade de implementar estratégias de proteção para grupos em situação de vulnerabilidade, como gestantes, crianças abaixo de dois anos, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. A Sesapi pede que qualquer alteração no perfil epidemiológico, que possa afetar a saúde pública, seja notificada por meio do e-mail: cievs@saude.pi.gov.br.

A recomendação final da secretaria é clara: em caso de agravamento dos sintomas ou sinais de doenças causadas pelo calor, a população deve buscar atendimento médico imediato.

Fonte: Com informações da Sesapi

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