Foto: Prefeitura de Três Barras / SC
Saúde do olho
A síndrome do olho seco ocorre principalmente em pessoas com mais de 40 anos. O que acontece é que as glândulas lacrimais não produzem lágrimas suficientes para hidratar a superfície ocular. Gerando assim, sintomas de ressecamento, olho vermelho, sensação de corpo estranho, entre outros. As condições com que as pessoas estão submetidas contribuem para a produção de lágrimas saudáveis, assim como os cuidados com a hidratação, visto que 98% da lágrima é composta por água.
Especialistas apontam que, sobretudo após o período pandêmico, houve um aumento no uso de aparelhos digitais para estudar, trabalhar e se entreter, e o uso das telas diminui a quantidade com que piscamos, e esse é um dos maiores fatores que agravam a síndrome.
O ambiente em que o paciente está inserido, sua alimentação e consumo de líquido, influenciam no desenvolvimento da síndrome ou no agravamento do caso. É o que diz o médico oftalmologista George Furtado. “As condições a que o paciente está submetido, como trabalhar em ambientes com ar-condicionado ou muito secos e passar muito tempo em frente às telas de computadores com o olho aberto pode contribuir para o desenvolvimento da condição de Olho Seco”, explica.
Médico oftalmologista, George FurtadoDe acordo com o médico, pessoas já diagnosticadas com doenças sistêmicas, como o lúpus e outras doenças do colágeno, ou complicações em outras partes do olho, podem aumentar as chances de desencadeamento da doença. “No segundo semestre do ano, que costuma ser o mais quente e seco, ocorre um exacerbamento dos sintomas., principalmente nos pacientes que utilizam telas para trabalhar. O ideal é que nesse período dedique mais atenção à alimentação, rica em vitaminas, em ômega 3,6 e 9. Assim como, priorizar ambientes com maior umidade”, finaliza.
Os sintomas da síndrome costumam se desenvolver com o tempo e de forma gradual. Foi o caso da estudante de optometria, Maria Lúcia (51), que só foi diagnosticada há quatro anos. A aposentada conta que sentia um desconforto nos olhos, mas que não sabia do que se tratava até procurar ajuda profissional. “Percebi meu olho mais seco e a lágrima diminuindo. Já utilizava óculos de perto e piscava com dificuldade. Acredito que ajudaram a piorar o problema”, relembra. Maria Lúcia conta que hoje trata a doença de forma natural, expondo seus olhos da forma correta ao sol e exercitando o hábito de piscar, pois já conseguiu se adaptar.
Maria Lúcia detectou que tem a síndrome do olho seco há quatro anosO Piauí Hoje, conversou também com a técnica em Óptica e Optometrista Eliane Cardoso, que atende com recorrência em sua ótica, pessoas com a síndrome do olho seco, que muitas vezes desconhecem seu problema. Ela explica que por conta do período pós-pandêmico, passou-se a utilizar mais aparelhos digitais que causam a redução do número de vezes que piscamos, e isso é um dos maiores agravantes da síndrome. “Devemos desenvolver o hábito de piscar ao utilizar telas e também ingerir a quantidade adequada de água para nosso corpo”, aconselha.
É importante que ao perceber sintomas como irritação, vermelhidão, sensação de areia no olho, borramento visual, o paciente procure um profissional para que seja feito o tratamento adequado. A velocidade com que a doença é diagnosticada e tratada pode minimizar o surgimento de maiores complicações oculares como afinamento corneano e perfuração ocular. O tratamento é feito com o uso de colírios de acordo com o tipo de olho seco, e também com o uso de suplementos alimentares à base de ômega três.
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