Saúde

SAÚDE DOS OLHOS

Oftalmologista alerta para tratamento adequado da Neuromielite Óptica

O Março Verde é dedicado à conscientização e tratamento da doença no país

Da Redação

Sexta - 15/03/2024 às 12:10



Foto: Divulgação O Brasil é o segundo país com maior casos da NMO no mundo
O Brasil é o segundo país com maior casos da NMO no mundo

Durante o Março Verde, mês dedicado à conscientização e tratamento da Neuromielite Óptica (NMO), campanhas são realizadas com o objetivo de garantir que as pessoas diagnosticadas com a doença, assim como a sociedade em geral, tenham acesso a informações precisas e confiáveis para melhor qualidade de vida e bem-estar.  

A NMO é uma doença autoimune que afeta os nervos ópticos e a medula espinhal, causando inflamação e resultando em sintomas como perda de visão, dores de cabeça e musculares, entre outros.

De acordo com a médica oftalmologista especializada em neuro-oftalmologia do Hospital de Olhos Francisco Vilar (HOFV), Patrícia Dalia Medeiros, o Brasil é o segundo país com maior casos da NMO no mundo. A médica conta que os principais sintomas da doença incluem a recorrência de ataques de perda da visão por inflamação dos nervos ópticos, dor de cabeça ou nos olhos, embaçamento da visão, visão mais escura, diminuição do campo de visão, assim como fraqueza muscular com dificuldade para andar, alteração do controle da urina e do intestino e vertigens.

“A doença não tem cura, mas pode ser controlada com uso de corticoides, imunossupressores e anti-inflamatórios”, explica.

Patricia ressalta que é fundamental compreender que a NMO e a Esclerose Múltipla (EM) não são a mesma coisa, pois têm natureza e mecanismos diferentes. A NMO foi considerada diferente da EM após a descoberta do anticorpo anti-aquaporina-4.

“A NMO acontece por ataques a uma proteína (aquaporina4) presente nos astrócitos, que transporta a água dos vasos sanguíneos às células nervosas”, observa.

É importante que o diagnóstico seja realizado de maneira efetiva, principalmente quanto à diferenciação da esclerose múltipla, pois assim vai ajudar no tratamento precoce e também impede que haja complicações que piorem o quadro do paciente.

Entre os potenciais de detecção é possível investigar a doença por meio de exame neuro-oftalmológico e neurológico, por exemplo.

“A intenção, nesse sentido, é sempre atuar em ações preventivas contra o agravamento da doença”, pontua a oftalmologista.

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