Foto: FMS
Monitoramento de casos de dengue, zika e chikungunya
O Brasil passou de um milhão de casos confirmados e suspeitos de Dengue em 2024. Segundo dados do painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, no país foram registrados 1.017.278 casos nas primeiras oito semanas deste ano, no mesmo período ano passado o Brasil possuía 207.475 casos. Até o momento, 214 mortes foram confirmadas desde o mês de janeiro e 648 casos estão sendo investigados. No Piauí, o número de casos prováveis chega a 1.216, incluindo os casos inconclusivos, ignorados/brancos, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
De acordo com o epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), entre a 1ª a 8º semana epidemiológica de 2024, 79 municípios notificaram casos de dengue, diferença de 12 municípios em relação ao ano passado.
Em 2023, até a 8ª semana, 157 municípios (70,1%) não tinham notificações de casos suspeitos de dengue. Já em 2024, no mesmo período, foram 145 municípios sem notificação (64,7%). Os municípios com maior incidência de casos de dengue divulgados pelo boletim são; Bom Jesus, Guadalupe, Campo Grande do Piauí, Currais e Ribeiro Gonçalves. Até o momento nenhum óbito foi registrado no Estado.
Ações de controle vetorial estão em andamento no estado como o tratamento focal em todas as sedes dos 224 municípios, levantamento de Índice mais Tratamento focal realizada em localidades da zona rural dos municípios, Ações de Mobilização Social realizadas de forma intersetorial pelos municípios, bloqueio de casos suspeitos notificados e pesquisa entomológica LIRAa / LIA.
ALTA DEMANDA POR REPELENTES
Com a onda de casos dengue no Brasil tem desencadeado a alta procura por repelentes, fabricantes temem a matéria-prima possa entrar em falta, já que o material usado para a criação do repelente vem de outros países e pode demorar até 150 dias para chegar, empresas começaram a aumentar seus turnos e aumentar a produção para suprir a demanda.
SINTOMAS DA DENGUE
A dengue vem de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil o vetor da dengue é o mosquito fêmea Aedes aegypti. A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.
Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:
dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
vômitos persistentes;
acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
hipotensão postural e/ou lipotímia;
letargia e/ou irritabilidade;
aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
sangramento de mucosa; e
aumento progressivo do hematócrito.
MEDIDAS PROFILÁTICAS
É importante adotar medidas que evitam a reprodução do mosquito transmissor, como eliminar objetos que acumulam água parada como pneus e garrafas. recomendado também usar repelente, além de tomar a vacina contra dengue, que está disponível para pessoas de 45 anos que já tiveram dengue mais de uma vez ou moram em áreas com maiores incidências.
Fonte: Boletim Epidemiológico/Sesapi
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