Saúde

CIRURGIA

Fungo causa infecção de 104 pessoas em mutirão de catarata; 7 ficaram cegas

Os Ministérios Públicos Federal e Estadual investigam o caso que aconteceu no Amapá

Da Redação

Sexta - 03/11/2023 às 17:28



Foto: Arquivo O programa teve início em 2020, no Amapá
O programa teve início em 2020, no Amapá

Pelo menos sete pessoas ficaram cegas depois de participarem de um mutirão de cirurgias contra catarata em Macapá, capital do Amapá. No total, 141 pacientes foram submetidos ao procedimento e 104 apresentaram alguma complicação que teria sido causada por um fungo, de acordo com a Secretaria de Saúde estadual (Sesa).

Os Ministérios Públicos Federal e Estadual investigam o caso. Dentre os pacientes com complicações, sete deles precisaram passar por evisceração, quando o globo ocular é removido do crânio.

Segundo o governo do Estado, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) iniciou uma investigação para identificar o que motivou as infecções “assim que foi notificada pelo problema”. “Após análises foi encontrado o fungo Fusarium, que provoca a endoftalmite”, informou em nota.

O programa teve início em 2020, no Amapá, e, de acordo com o Capuchinhos, já realizou mais de 100 mil atendimentos, sendo a maior parte deles referente às cirurgias de catarata (50 mil).

“A Secretaria de Estado da Saúde repassa os recursos federais para a entidade, que por sua vez, contrata uma empresa terceirizada responsável pelos procedimentos aos pacientes. O último repasse feito pelo convênio foi em setembro”, afirmou a pasta por meio de nota.

“O Estado entende que a trajetória do Mais Visão ajudou milhares de pessoas com casos bem-sucedidos e com inúmeros relatos de retorno total da visão. Ainda assim, diante do ocorrido, os Capuchinhos paralisaram os atendimentos imediatamente após os primeiros relatos de infecção e, no dia 6 de outubro, o programa foi suspenso.”

“O suporte dado às famílias pela empresa responsável pelos procedimentos também é acompanhado de perto pelo governo do Estado. Os pacientes estão recebendo serviços médicos 24 horas, medicação, transporte, deslocamento a outros Estados e atendimento psicológico”, afirmou a administração estadual.

Ainda na semana passada, o Ministério Público do Amapá ouviu representantes de órgãos envolvidos no que se refere como “incidente” no Programa Mais Visão.

Participaram do encontro o governador do Amapá, Clécio Luis; a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli; o procurador-geral do Estado, Tiago Albuquerque; e a superintendente de Vigilância em Saúde, Ana Cláudia Monteiro.


Fonte: Com informações de CCN

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