Saúde

CRISE NA SAÚDE

FMS promete resolver principais problemas do HUT até o fim de março

CRM reuniu entidades e órgãos fiscalizadores para cobrar soluções urgentes; duas mortes por falta de medicamentos são investigadas

Da Redação

Terça - 12/03/2024 às 14:53



Foto: Divulgação/CRM Reunião entre gestão e entidades fiscalizadoras da saúde aconteceu na sede do CRM, em Teresina
Reunião entre gestão e entidades fiscalizadoras da saúde aconteceu na sede do CRM, em Teresina

O presidente da Fundação Municipal de Teresina (FMS), Ítalo Costa, prometeu regularizar o abastecimento de medicamentos e a refrigeração das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) ainda neste mês de março, após reunião convocada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), realizada na manhã desta terça-feira (12), após uma série de denúncias de profissionais de saúde sobre a falta de remédios antibióticos e do calor excessivo dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A reunião foi convocada pelo CRM e contou com a presença do Sindicatos dos Médicos (SIMEPI) e do Ministério Público e aconteceu na sede do CRM, em Teresina.

A Fundação e o CRM já investigam a morte de dois pacientes do HUT que teriam ocorrido por conta dos problemas. A FMS chegou a publicar uma nota onde afirma que os pacientes não morreram por falta de atendimento. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) feita na semana passada.

Ítalo Costa, presidente da FMS disse que a gestão municipal começou a resolver os problemas de abastecimento de medicamentos e convocou uma equipe da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado para realizar uma vistoria e ajudar a resolver a refrigeração das UTIS. 

"Estamos em um mês divisor de águas, porque esperamos resolver grande parte dos problemas ainda neste mês, para que possamos tranquilizar o coração de todas as equipes que atendem os nossos pacientes e também aos familiares dos nossos pacientes", prometeu o presidente.

O presidente do CRM, João Araújo Moura Fé cobrou urgência para a resolução dos problemas e destacou que precisa de agilidade para os mais graves, que são a falta de antibióticos, principalmente para Unidades de Terapia Intensiva adulto e para outras UTIS, e a irregularidade na refrigeração das mesmas.

Reunião aconteceu no plenário do Conselho Regional de Medicina.     Foto: Divulgação/CRM

Durante fala na reunião, Renato Leal, diretor do sindicato dos médicos reforçou a denúncia sobre a morte de pacientes por falta de medicamentos. Contudo, defendeu atendimento digno e que cuide das pessoas.

"Você substituir um esquema terapêutico por outro, você aumenta a resistência bacteriana. Isso não faz sentido. E não tem quem me diga que isso não ocasionou mortes. O sindicato não quer perseguir ninguém, quer que os problemas se resolvam", explicou o diretor do SIMEPI.  

O sindicato disse que recebia denúncias de médicos que falavam sobre as dificuldades que a falta de medicamentos, insumos e estrutura provocou na rotina e saúde dos profissionais.

"Nós ouviamos o apelo dos profissionais diariamente. Tinha médico lá que estava desesperado no plantão, sem condições de dar o atendimento necessário àquele paciente" denunciou Francisco Cavalcante, também diretor do SIMEPI.

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