A médica recém-formada Isabella Barros Castelo Branco, de 24 anos, está internada há cerca de um mês, no Hospital São Marcos, em Teresina, tratando de uma leucemia aguda, descoberta apenas três dias após concluir o curso de Medicina pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Ela passou pelas primeiras sessões de quimioterapia e vem respondendo bem ao tratamento, mas a família enfrenta dificuldades financeiras para custear os exames e medicamentos, que têm preços elevados.
Os pais de Isabella, o jornalista Paulo Pincel e a professora Patrícia Castelo Branco, entraram com uma ação judicial para que os custos do tratamento fossem cobertos pelo SUS e pelo estado, já que ambos são servidores públicos estaduais. A Justiça determinou, há cerca de uma semana, que a Secretaria Estadual de Saúde forneça os medicamentos, mas até agora, eles não foram liberados.
Há menos de um mês, em um comunicado nas redes sociais, Isabella anunciou o diagnóstico de leucemia aguda e foi internada imediatamente para iniciar o tratamento. Segundo Paulo Pincel, sua filha tem respondido positivamente à primeira fase da quimioterapia. "A resposta foi muito positiva, e a médica que acompanha o caso está otimista. Um transplante será necessário, mas primeiro ela precisa passar por essa fase inicial do tratamento", disse o pai.
No entanto, a família continua lutando contra os altos custos do tratamento. A segunda fase da quimioterapia está prestes a começar, e novos exames, alguns que custam até R$ 8 mil, precisam ser realizados. Na primeira fase do tratamento, a família já gastou mais de R$ 100 mil com exames e medicamentos. Um dos remédios custa cerca de R$ 80 mil.
Amigos e familiares têm ajudado como podem, mas a situação financeira se torna cada vez mais difícil a cada fase do tratamento. Paulo Pincel informou que a Justiça determinou a liberação dos medicamentos, mas a decisão ainda não foi cumprida pela Secretaria de Saúde.
Isabella descobriu a doença após se machucar levemente enquanto se exercitava em uma academia na cidade de Barras, de onde é a família da mãe dela. Ao perceber um hematoma anormal, retornou para Teresina, onde realizou exames e recebeu o diagnóstico de leucemia.
A jovem médica sempre foi uma aluna brilhante. Em 2017, aos 17 anos, Isabella foi uma das 53 estudantes de todo o Brasil que obtiveram nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2018, ingressou no curso de Medicina na UESPI, que concluiu recentemente.
Decisão da Justiça
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