Saúde

GREVE GERAL

Em meio a pandemia, greve dos servidores da saúde começa amanhã (25)

O movimento inicia com protesto em frente o HGV

Alinny Maria

Quarta - 24/06/2020 às 08:45



Foto: Sindespi Servidores da Saúde decidem por greve no Piauí
Servidores da Saúde decidem por greve no Piauí

Em meio a pandemia de Covid-19, servidores da rede estadual de Saúde do Piauí irão deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (25). O movimento grevista incia às 7h30 com um ato de protesto em frente ao Hospital Getúlio Vargas (HGV). Em seguida, os manifestantes seguem em passeata até o Palácio de Karmak, onde haverá outro protesto.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI), entre as principais reivindicações estão o não pagamento do Adicional de Insalubridade de 40%; a baixa qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual para combater a Covid-19,  além de diversas denúncias de assédio moral que o sindicato tem recebido de diversas regiões do Estado e Teresina.

A decisão sobre a greve foi tomada ainda na sexta-feira passada (19/06) em assembleia do juntamente com o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (SENATEPI) com apoio do Sinfito, Sinttearpi, Crefito e Coren-PI, representando fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e radiologistas.

Nesta quarta-feira (24) encerra o prazo de 72 horas para o início da greve, e os hospitais funcionarão com apenas 30% dos trabalhadores.  “Nosso Adicional de Insalubridade está congelado desde 2007. O governo alega que não tem uma regulamentação e nós exigimos que se providencie, que regulamente a insalubridade dos servidores do Estado. O assédio moral aos servidores é generalizado e contribui para o adoecimento da categoria. Nós reconhecemos a dificuldade do momento com essa pandemia, mas o governo massacra o servidor há muito tempo e não dá mais para aguentar”, desabafa Geane Sousa, presidente do Sindespi.

Os servidores ainda reclamam da falta de transporte público, o que dificulta a ida ao trabalho e retorno para casa.  “Os ônibus estão há mais de 30 dias parados, não tem transporte público. O governo não faz nada e os servidores estão tendo que pagar transporte particular, diminuindo ainda mais seus salários que já estão defasados. Praticamente estão pagando para trabalhar”, conclui Geane Sousa.

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