Assinada pelo jornalista francês Hubert Prolongeau, com fotos dos brasileiros Ivan Padovani e André Pessoa, a matéria explica detalhadamente a importância do patrimônio cultural da reserva, das pesquisas científicas desenvolvidas na área e os diversos fatores que representam uma ameaça a integridade dessa riqueza da humanidade.
Dentro desse contexto, a pesquisadora Niéde Guidon, com 78 anos, aparece como uma solitária defensora da natureza local, lutando contra políticos e empreendimentos erroneamente planejados para a região, como os assentamentos de sem-terras na periferia da Serra da Capivara. Para a publicação francesa, apesar de toda a beleza da região, ao invés de investir no turismo, o governo prefere insistir em culturas agrícolas como o caju que não tiram a maior parte da população da miséria.
Citando projetos de desenvolvimento eco-sustentável como a fábrica de cerâmica Serra da Capivara, administrada pela empreendedora pernambucana Girleide Oliveira, ou as pesquisas científicas com ampla participação de arqueólogas brasileiras como Gisele Felice, a revista mostra os caminhos que podem tirar a região do subdesenvolvimento que ameaça seu patrimônio cultural.
No entanto, o principal foco da publicação é mesmo as descobertas da equipe de Niéde Guidon, que modificaram as teorias de ocupação das Américas e toda a riqueza da arte rupestre preservada no interior do Parque Nacional Serra da Capivara
Fonte: agencias