A senadora Regina Sousa (PT) foi eleita a vice-governadora do Piauí e prestes a deixar o Senado, ela pede que o novo Parlamento mantenha o olhar sobre as minorias. Nessa terça-feira (9), Regina Sousa retornou aos trabalhos do Legislativo depois das eleições e lembrou a união das senadoras na defesa de causas que "não tinham cor partidária nem viés ideológico, porque eram questões que afetavam a todas", disse.
Por falar em eleições, Regina lamentou que muitas mulheres ainda sejam apenas números para disputam as eleições. A distribuição dos recursos do fundo partidário não é equânime. "O rateio ainda é muito desigual e ainda existe uma divisão entre as mulheres que os partidos consideram que têm chances e as que não têm chances", disse. Ou seja, há são candidatas apenas para cumprir o que estabelece a Legislação Eleitoral.
Para a senadora, os partidos precisam dar oportunidade real às mulheres de disputar as vagas. Ainda sobre minorias, Regina disse que a questão racial também é muito presente no Parlamento e, nas últimas eleições, não foi diferente.
"São só 65 negros declarados no Congresso Nacional nessa eleição de 2018, 4% do Parlamento, o que ainda é muito pouco para a população que representa o negro e pelo bom combate que tem que se fazer aqui na questão do racismo", afirmou a senadora.
Ela reforçou que o Brasil ainda é um racista. "Não adianta negar. A gente depara todos os dias com questões de discriminação racial. É preciso melhorar essa bancada. Até que alguns se declaram pardos – 379 se dizem pardos –, mas a gente os considera negros também. Não sei se eles se consideram negros quando se declaram pardos", acrescentou.
Entre as boas notícias das urnas, Regina citou a eleição de uma deputada federal indígena: Joênia Wapichana , da Rede (RR). É a primeira vez que uma mulher indígena consegue uma vaga na Câmara dos Deputados. "Eu acho que é importantíssimo porque vai pautar, certamente, as questões indígenas, que são muitas", comemorou Regina.
Fonte: Com informações da Ascom