Política

"Já estavam determinados a impedi-la”, diz Regina sobre impeachment

Ela disse que a acusação apegou-se a elementos muito frágeis para pedir ao afastamento da presidenta

Quarta - 10/08/2016 às 13:08



Foto: Divulgação Para a parlamentar, afastar uma presidenta honesta, eleita democraticamente é um golpe
Para a parlamentar, afastar uma presidenta honesta, eleita democraticamente é um golpe

“Está provado que a Presidenta Dilma não cometeu crime algum”, disse a senadora Regina Sousa durante a sessão do Senado que decidiu se procedem as acusações contra a presidenta Dilma Roussef. “O que está se consolidando aqui é uma grande injustiça, percebida pelo mundo inteiro. Não há nenhuma comprovação de que os atos foram praticados de má-fé com a intenção de obter proveito ilícito próprio”, destacou a senadora.

Para a parlamentar piauiense, é preciso deixar claro que afastar uma presidenta honesta, eleita democraticamente é um golpe na democracia brasileira. “A pergunta que a população brasileira vai fazer agora, é: Qual é o crime da Presidenta Dilma? Onde está o dolo? Muita gente ainda acha que ela está sofrendo esse processo por corrupção! E não é, meu povo brasileiro!”, destacou.

Regina Sousa votou não ao impedimento da presidenta Dilma Roussef e disse que a acusação apegou-se a elementos muito frágeis para pedir ao afastamento da presidenta. “Na verdade, já estavam determinados a impedi-la, basta ver a sequência de proposições e atos nesse sentido”.

A senadora disse ainda que a celeridade do processo se dá por que o governo interino teme o vazamento das delações que comprometem tanto Michel Temer quanto seus ministros. “Eles temem as delações que começaram a vazar, principalmente da Odebrecht, envolvendo o próprio Michel Temer e dois dos seus mais poderosos ministros, Serra e Padilha. Uma vez presidente efetivo, Temer não sofreria investigação”.

Outra razão apontada por Regina Sousa é a tentativa de salvar o mandato do deputado Eduardo Cunha, “também por medo de que ele abra a boca. Não sendo julgado antes da presidenta Dilma, Cunha tem chance de não ser julgado mais este semestre”.

A parlamentar citou, ao fim do seu discurso, uma frase do chileno Salvador Allende: “não basta que todos sejam iguais perante a lei, é necessário que a lei seja igual perante todos”. E concluiu: “a lei não está sendo igual para Dilma, por isso o meu voto é NÃO!”

Fonte: Redação

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