No Piauí, 4 deputados que votaram contra Dilma concorrem à reeleição; 2 são coligados com o PT

Coligação entre partidos ideológicamente diferentes revela necessidade de reforma no sistema eleitoral do Brasil


Júlio Cesar, Michel Temer e Jonas Moura

Júlio Cesar, Michel Temer e Jonas Moura Foto: Assessoria

Dos cinco deputados federais do Piauí que votaram pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em abril de 2016, quatro são candidatos à reeleição, dois deles numa coligação com  o PT - Júlio César Lima (PSD) e Iracema Portella (PP); outros dois correm em raia própria - Átila Lira (PSB) e Heráclito Fortes (Podemos). O quinto, Rodrigo Martins (PSB), desistiu da disputa para tentar voltar à Câmara dos deputados.

Essas alianças e junções de partidos com identidades ideológicas contrárias revelam que o sistema eleitoral brasileiro precisa ser mudado o mais rápido possível. O País precisa de uma reforma política, que foi tentada no início do segundo mandato da presidenta Dilma, mas foi barrada pelo então presidente da Câmara e hoje presidiário Eduardo Cunha (P-MDB) e seus aliados.

Iracema PortellaIracema Portella disse que seguiu orientação do partido

Dos que votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff, só a deputada Iracema Portella insinuou que seu voto não era o da vontade dela, mas que seguia orientação do partido, o PP, presidido pelo marido dela, o senador piauiense Ciro Nogueira, candidato à reeleição. O voto da deputada demonstrou claramente a necessidade da reforma política. 

Já o deputado Júlio César Lima (PSD) que também busca se reeleger numa aliança com PT, durante a votação do impeachment de Dilma disse que estava votando pelos desempregados, pelos municípios e outras justificativas meramente para retórica. Hoje, ele sobe no palanque do PT como se nada tivesse acontecido.

COMO VOTARAM - Votaram contra o impeachment os deputados Assis Carvalho e Rejane Dias (ambos do PT), os dois do PTB, Fábio Abreu e Paes Landim, e Marcelo Castro (PMDB - hoje MDB).

Já os deputados Átila Lira e  Rodrigo Martins (ambos do PSB), Iracema Portella (PP), Júlio César Lima (PSD) e Heráclito Fortes (DEM - hoje Podemos) votaram pela continuidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

A ex-presidenta foi acusada de promover "pedaladas fiscais", mas pouco tempo depois restou provado não existir tal "crime". Tanto isso é verdade que o Supremo Tribunal Federal (STF) não impôs nenhuma punição a ela. Isso deixou claro que Dilma sofreu um golpe parlamentar, com anuência do próprio STF. 

Hoje, a ex-presidenta Dilma Rousseff lidera a corrida por uma vaga no Senado em Minas Gerais. Deverá assumir a vaga de Aécio Neves (PSDB), o primeiro a comandar o golpe por não aceitar a derrota imposta a ele, na urnas, na eleição presidencial de 2014.

Fonte: Redação

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