Política

Propinas de Eduardo Cunha somaram R$ 15,9 milhões, diz delator

Fundo de Investimento Cunha Câmara Delação STF

Sexta - 01/07/2016 às 20:07



Foto: Reprodução Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Em cinco das 12 operações do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) com grandes empresas, detalhadas pelo ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto em sua delação premiada, as propinas ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), somariam ao menos R$ 15,9 milhões.

A delação de Cleto foi uma das que embasou a Operação Sépsis, deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º) com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

O peemedebista, que foi afastado da presidência da Câmara por determinação do STF e enfrenta um processo de cassação que deve ir a votação no plenário da Câmara em breve, é suspeito de achacar grandes empresas que buscavam financiamento do fundo.

Apadrinhado de Cunha na Caixa, Cleto também participava do esquema e recebia uma porcentagem das propinas, que ele admitiu terem somado R$ 5 milhões em uma conta na Suíça, valor que será ressarcido por Cleto em sua delação como multa.

Além dele, o lobista apontado como operador de Cunha Lúcio Bolonha Funaro, preso preventivamente na Operação Sépsis, também participava do esquema cobrando os valores das empresas e operacionalizando os pagamentos de propina.

Defesa

"Desconheço o conteúdo da delação, por isso não posso comentar detalhes. Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ, com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular. Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida. Se ele cometeu irregularidades, que responda por elas", defendeu-se Eduardo Cunha por meio de nota.

"Desafio qualquer um a provar a veracidade dessas delações como também qualquer vinculação, de qualquer natureza, com as contas mencionadas por esses delatores", declarou o deputado afastado.

Fonte: UOL

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