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Promotor Vasconcelos tenta provar que Bruno estava na cena do crime

Argumentos Eliza Bruno

Quinta - 07/03/2013 às 16:03



Foto: Vagner Antonio/TJMG Goleiro Bruno e Dayanne acompanham julgamento
Goleiro Bruno e Dayanne acompanham julgamento
Começaram às 11h38 dessa quinta-feira (7) os debates entre promotoria e as defesas do goleiro Bruno Fernandes de Souza e de sua ex-mulher Dayanne Souza.

O maior desafio para o promotor Henry Vasconcelos é provar que Bruno não só mandou matar sua ex-amante Eliza Samudio, como esteve na cena do crime no dia da morte, em 10 de junho de 2010.

A defesa de Bruno já considera o ex-jogador do Flamengo "réu confesso" e tentará mostrar que ele teve "participação menor" na morte de Eliza.

Bruno negou ser o mandante e disse que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, seu ex-secretário, é o mandante e arquiteto do crime. Já Macarrão responsabilizou Bruno.

O goleiro responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Dayanne responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado do bebê Bruninho na época do crime com quatro meses de vida (atualmente ele tem três anos).

Macarrão já foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 anos em regime fechado. Ele foi beneficiado por ter confessado a morte de Eliza, por isso teve a pena reduzida pela juíza Marixa Rodrigues.
 
ARGUMENTOS

O promotor Vasconcelos tem três argumentos para tentar mostrar que Bruno esteve na cena do crime.

A defesa sustenta que Bruno ficou no sítio em Esmeraldas no dia em que Macarrão e o então adolescente Jorge Luiz Rosa saíram na EcoSport levando Eliza e o bebê para morrerem.

Segundo o Ministério Público, Bruno saiu do sítio naquela noite de 10 de junho e voltou cinco minutos antes da chegada de Macarrão. Ele dirigia o New Beetle de Macarrão, como ficou registrado na portaria em que está localizado o sítio.

O promotor sustenta também que Bruno foi quem utilizou o telefone celular do então adolescente Jorge Rosa, na noite em que Eliza foi levada para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Do celular de Jorge foi feito uma ligação para Dayanne. Para o promotor, Jorge "não tinha nada" que falar com a ex-mulher de Bruno naquela noite, mas Bruno tinha o falar com ela, já que, segundo ele, Bola teria se recusado a matar o bebê e, então, caberia a ex-mulher do goleiro cuidar dele.

A terceira argumentação da promotoria é que o primeiro depoimento dado por Sérgio Rosa Sales, o primo de Bruno já morto, na presença de dois advogados dele, colocava o goleiro na cena do crime.

"Bruno programou o mando, o comando de toda a situação e todas as pessoas no entorno dele", disse o promotor nos primeiros minutos do debate.

Fonte: Folha de São Paulo

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