Foto: Vagner Antonio/TJMG
Goleiro Bruno e Dayanne acompanham julgamento
Começaram às 11h38 dessa quinta-feira (7) os debates entre promotoria e as defesas do goleiro Bruno Fernandes de Souza e de sua ex-mulher Dayanne Souza.
O maior desafio para o promotor Henry Vasconcelos é provar que Bruno não só mandou matar sua ex-amante Eliza Samudio, como esteve na cena do crime no dia da morte, em 10 de junho de 2010.
A defesa de Bruno já considera o ex-jogador do Flamengo "réu confesso" e tentará mostrar que ele teve "participação menor" na morte de Eliza.
Bruno negou ser o mandante e disse que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, seu ex-secretário, é o mandante e arquiteto do crime. Já Macarrão responsabilizou Bruno.
O goleiro responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Dayanne responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado do bebê Bruninho na época do crime com quatro meses de vida (atualmente ele tem três anos).
Macarrão já foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 anos em regime fechado. Ele foi beneficiado por ter confessado a morte de Eliza, por isso teve a pena reduzida pela juíza Marixa Rodrigues.
ARGUMENTOS
O promotor Vasconcelos tem três argumentos para tentar mostrar que Bruno esteve na cena do crime.
A defesa sustenta que Bruno ficou no sítio em Esmeraldas no dia em que Macarrão e o então adolescente Jorge Luiz Rosa saíram na EcoSport levando Eliza e o bebê para morrerem.
Segundo o Ministério Público, Bruno saiu do sítio naquela noite de 10 de junho e voltou cinco minutos antes da chegada de Macarrão. Ele dirigia o New Beetle de Macarrão, como ficou registrado na portaria em que está localizado o sítio.
O promotor sustenta também que Bruno foi quem utilizou o telefone celular do então adolescente Jorge Rosa, na noite em que Eliza foi levada para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
Do celular de Jorge foi feito uma ligação para Dayanne. Para o promotor, Jorge "não tinha nada" que falar com a ex-mulher de Bruno naquela noite, mas Bruno tinha o falar com ela, já que, segundo ele, Bola teria se recusado a matar o bebê e, então, caberia a ex-mulher do goleiro cuidar dele.
A terceira argumentação da promotoria é que o primeiro depoimento dado por Sérgio Rosa Sales, o primo de Bruno já morto, na presença de dois advogados dele, colocava o goleiro na cena do crime.
"Bruno programou o mando, o comando de toda a situação e todas as pessoas no entorno dele", disse o promotor nos primeiros minutos do debate.
Fonte: Folha de São Paulo
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