Programa de Demissão Voluntária: será que vale a pena?

Cenário econômico não favorece quem visa investir no setor privado, diz especialista


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Dinheiro Foto: Reprodução

Para diminuir as despesas com a folha de pessoal, o Governo Federal anunciou, na última quinta-feira (15), o Programa de Demissão Voluntária. A dúvida entre os candidatos à adesão, que pretende contemplar 5 mil pessoas até o final deste ano, é se o pedido de desligamento compensa em relação ao benefício. Os funcionários públicos terão direito a ganhar como incentivo uma indenização equivalante a 1,25 salário por cada ano trabalhado.

"Há desemprego no país inteiro, uma recuperação econômica medíocre e recomposição de renda baixa. E um grande adiamento na programação de novos concursos públicos. Ou seja, quem está dentro não deve querer sair e quem está fora está desesperado para entrar”, disse Istvan Kasznar, professor da Escola Brasileira de Administração Pública (Ebap) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em entrevista ao G1.

Ainda assim, o programa pode beneficiar que tem mais de 20 anos de casa e um novo projeto no papel. Devido à experiência, esses podem conseguir uma melhor posição no mercado privado, salários mais altos, ou mesmo investir a indenização em um novo empreendimento. "Uma pessoa que tem 25 anos de casa, por exemplo, terá direito a continuar recebendo o salário por 2 anos e meio após sua saída", afirma a reportagem.

Já para a parcela do funcionalismo que está insatisfeita e tem menos de 10 anos de serviço, a jornada reduzida ou a licença não remunerada, também oferecidas pelo Governo, pode ajudar. Isto porque na primeira teria direito a um pagamento adicional de meia hora diária, enquanto nesta última receberia, supostamente, três remunerações no momento de concessão da licença, com a chance de manutenção dos planos previdenciário e assistenciais, contanto que assuma os custos.

Aqueles em fase intemediária dos anos de serviço são orientados a levar em conta quanto tempo terão direito a receber a indenização e se o futuro projeto se encaixa nesta oferta. O pessoal em estado probatório (referente aos três primeiros anos) não serão beneficiados pelo Programa. Quem estiver próximo de se aposentar poderá aderir, o que não é aconselhado pelos especialistas pelo fato de não ter que esperar muito para receber um benefício integral pelo resto da vida.

Fonte: Noticias ao minuto

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