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Professora da UFPI desenvolve pesquisa sobre os índios Tremembés

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Sexta - 02/10/2015 às 13:10



Foto: reprodução Jóina Borges, da UFPI
Jóina Borges, da UFPI
A professora Jóina Borges coordena pesquisas sobre índios Tremembés na Universidade Federal do PiauíI O interesse pela pesquisa surgiu desde a graduação em História e se estendeu até o doutorado. Inicialmente, a professora trabalhou sua temática acerca dos sítios arqueológicos litorâneos, localizados na porção norte do Piauí e na praia de Almofala, na cidade de Itarema, e posteriormente, focou na história dos índios Tremembés durante os séculos XVI e XVII, recorrendo ao uso da cultura material, ou seja, artefatos e objetos da época, mediante a escassez de documentos. "No século XVI, todos os povos indígenas que habitavam a costa eram chamados de uma maneira genérica, isto é, tapuias. O termo designa várias etnias que não falavam o tupi. Já no século XVII é que a denominação Tremembé aparece em documentos", explicou a professora.

A colonização do nordeste do Brasil, sobretudo em sua faixa litorânea, diferiu do restante do país. Os índios Tremembés realizaram seu primeiro contato por meio da troca de mercadorias e artefatos, entre os produtos fornecidos estavam a ambargris (substância proveniente das baleias), o pau-violeta (árvore da região costeira nordestina), em troca os europeus disponibilizavam machados, foices, espelhos e outros objetos que auxiliariam nas atividades de pesca, caça e plantação. Apesar do vínculo comercial estabelecido, a relação nunca fora amistosa, navios eram afundados e conflitos sangrentos aconteciam entre os povos. O primeiro núcleo de ocupação europeia na costa em que os Tremembés residiam só ocorreu por volta do ano 1700, após 200 anos de colonização.

Fonte: ufpi

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