Brasil

Problemas cardíacos assolam o futebol em várias partes do planeta

Piauí Hoje

Sexta - 18/01/2008 às 03:01



Nesta sexta-feira, o jovem meio-campo peruano Gary Correa, de apenas 17 anos, saberá através de um exame cardíaco se poderá seguir sua carreira profissional no futebol. O jogador, que é apontado como uma promessa de seu país, vive uma situação já encarada por vários outros companheiros de profissão.A mais recente (e trágica) aconteceu em agosto do ano passado. O lateral espanhol Antonio Puerta, de apenas 22 anos, morreu após sofrer uma parada cardíaca na partida de sua equipe, o Sevilla, contra o Getafe, pelo Campeonato Espanhol. O jogador chegou a ser internado, mas faleceu três dias depois.Um dos exemplos mais conhecidos é o do nigeriano Kanu. O atacante despontou para o futebol em 1996, quando liderou a seleção de seu país na conquista da medalha de ouro olímpica em Atlanta. Ele, inclusive, fez o gol que eliminou o Brasil nas semifinais da competição. Em agosto do mesmo ano, no entanto, diagnosticou-se um problema cardíaco em Kanu, que defendia a Inter de Milão. O coração do jogador era maior que o normal e uma de suas válvulas não funcionava corretamente.Os médicos que avaliaram o atacante consideraram quase impossível seu retorno ao futebol. Kanu, no entanto, acreditou na sua recuperação e foi se tratar nos Estados Unidos. O nigeriano enfrentou uma cirurgia de quatro horas e, após poucos meses, já indicava que poderia retornar aos gramados.No início de 1997, Kanu voltou a praticar atividades físicas e, antes do meio do ano, voltou a defender a Inter.Kanu permaneceu na Itália até 1999, quando se transferiu para o Arsenal, clube pelo qual viveu a melhor fase de sua carreira. Atualmente no Portsmouth, o jogador já marcou quatro vezes na temporada inglesa.Em 2003, o camaronês Marc-Vivien Foé morreu em campo, durante partida da seleção de seu país contra a Colômbia, pela Copa das Confederações. O jogador sofreu uma parada cardíaca devido a uma miocardia hipertrófica.Pelo mesmo motivo, no ano seguinte, o atacante húngaro Miklos Fehér, do Benfica, faleceu em jogo contra o Vitória de Guimarães.Morte de Serginho abala o BrasilQuem também deu a volta por cima foi o meia senegalês Fadiga, que ganhou fama internacional após a Copa do Mundo de 2002. A seleção de seu país chegou às quartas-de-final do torneio, vencendo até a atual campeã da época França. No ano seguinte, Fadiga foi contratado do Auxerre pela Inter de Milão. Durante exames médicos no clube, constatou-se problema nos batimentos cardíacos do jogador, que nunca chegou a atuar pela equipe italiana.Em maio de 2004, o senegalês foi submetido a uma cirurgia no coração, mas, no fim da temporada, acabou dispensado pela Inter, que não acreditava na sua recuperação. Em setembro, o meio-campista realizou testes no Bolton, da Inglaterra, e acabou contratado. Fadiga, no entanto, voltou a ter problemas em outubro, quando sofreu um infarto durante o aquecimento para jogo contra o Tottenham, pela Copa da Liga Inglesa. Após nova operação, médicos chegaram a sugerir o fim da carreira do jogador, que persistiu nos gramados. Mesmo sem ter emplacado uma grande fase desde então, Fadiga segue atuando profissionalmente. Após passagens por Bolton, Derby County e Coventry, o senegalês foi para a Bélgica, onde defende o Gent.Em outubro de 2004, uma tragédia abalou o Brasil. O zagueiro Serginho teve uma parada cardíaca em campo, quando entrava o São Paulo pelo São Caetano. O jogador recebeu tratamento, mas não resistiu e acabou morrendo.Outro caso famoso do futebol brasileiro é o do atacante Washington, recém-chegado ao Fluminense. Em 2002, ele descobriu ter um problema no coração, semanas depois de se transferir para o Fenerbahçe. Voltou ao futebol em 2004, depois de uma cirurgia, e, desde então, vem sendo examinado regularmente para evitar "surpresas".

Fonte: G1

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