Polícia

Operação vaza, mas assassinos de Marielle e Anderson são presos

Ex-PM Elcio Queiroz e o sargento-PM Ronnie Lessa estão presos

Terça - 12/03/2019 às 10:03



Foto: Reprodução/O Globo Ex-PM Elcio Queiroz e o sargento reformado Ronnie Lessa
Ex-PM Elcio Queiroz e o sargento reformado Ronnie Lessa

Depois de receber a informação de que a Operação Lume, para prisão de suspeitos teria vazado, a Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) antecipou o cumprimento dos mandados e conseguiram prender na manhã desta terça-feira (12), o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz substituto do 4º Tribunal do Júri Gustavo Kalil, após denúncia da promotoria. Segundo a denúncia do MP do Rio, Lessa teria atirado nas vítimas, e Elcio era quem dirigia o Cobalt prata usado na emboscada. O segundo acusado foi expulso da corporação.

 Segundo a denúncia das promotoras Simone Sibilio e Leticia Emile, o crime foi "meticulosamente" planejado três meses antes do atentado. Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos. Lessa e Elcio foram denunciados pelo assassinato e a tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu ao ataque. A ação foi batizada de Operação Buraco do Lume, em referência ao local no Centro de mesmo nome, na Rua São José, onde Marielle prestava contas à população sobre medidas tomadas em seu mandato. Ali ela desenvolvia também o projeto Lume Feminista. Os denunciados foram presos às 4h desta madrugada. 

As promotoras pedem ainda a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa. Também foi requerida a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor do motorista Anderson até completar 24 anos de idade. Em certo trecho da denúncia, elas ressaltaram: “É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito".

Fonte: O Globo

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: