No mês em que a implantação da Lei Maria da Penha completou seis anos, desde sua sanção pelo então presidente Lula (PT), as integrantes da UMP (União das Mulheres Picoenses) foram novamente “obrigadas” a colocar luto como forma de protestar contra mais um homicídio cometido contra uma mulher em Picos.

O assassinato brutal a tiros e pauladas da comerciante Francisca da Silva, de 54 anos, ocorrido na Rua Nova Descoberta, no bairro São Vicente, no último dia 24, foi mais um capítulo triste da escalada da violência doméstica e contra as mulheres, que segundo as próprias polícias militar e civil, assola o município.

Desde que essa mulher, que tomava conta de dois netos, uma inclusive portadora de necessidades especiais, fora assassinada brutalmente surgiram alguns rumores sobre autoria do crime. Embora a polícia civil, não tenha confirmado para não atrapalhar as investigações, a comunidade da Rua Nova Descoberta atribui o assassinato a um menor de idade.

Mas para a membro da União das Mulheres Picoenses, Maria José Alves do Nascimento, a Nêga Mazé, é pouco provável que o crime tenha sido praticado somente por esse adolescente, de 14 anos e iniciais, que foi preso na manhã desta quarta-feora (29), por policiais do Ronda Cidadão.

“É muito difícil um adolescente fazer sozinho um crime dessa forma que parece ser planejado. Quem estiver por trás tem que ser penalizado e rápido. Porque toda vez que um agressor fica solto a sociedade está correndo risco”, concluiu Nêga Mazé.