Brasil

Presidente diz que Vale é 'uma joia brasielira' e não pode ser 'condenada'

Fabio Schvartsman afirmou todos os processos adotados pela Vale na operação de barragens serão revisados por órgão dos EUA.

Quinta - 14/02/2019 às 18:02



Foto: Exame - Abril.com Presidente da Vale
Presidente da Vale

Fabio Schvartsman, presidente da empresa Vale afirmou hoje (14) na comissão externa da Câmara dos Deputados, que a mineradora "é uma joia brasileira" e não pode ser condenada pelo rompimento da barragem, "por maior que tenha sido a tragédia".

Fabio apresentou as principais medidas adotadas após o rompimento da barragem e defendeu a Vale. Segundo ele, a empresa, uma das melhores que afirma ter conhecido, não pode ser condenada por causa de um único acidente.

De acordo com o Schvartsman, “todos os processos adotados pela mineradora na operação de barragens serão revisados por órgão responsável pelo licenciamento de barragens nos Estados Unidos, o U.S. Army Corps of Engineers. A Vale entrou em contato com o órgão que, além de revisar os processos, também poderá colaborar com eventuais mudanças no código de mineração”.

Durante sua apresentação, Schavartsman afirmou que a Vale nunca construiu barragens pelo modelo “a montante” que é o mesmo método da barragem que se rompeu em Brumadinho e em Mariana, em 2015.

Segundo presidente da mineradora, todas as barragens “a montante” da Vale foram compradas pela empresa após monitoramento das estruturas. A empresa tem 19 barragens construídas pelo sistema “a montante” e já anunciou que acabará com essas barragens em até três anos. Segundo a Vale, nenhuma delas está sendo usada.

A barragem da Mina do Córrego do Feijão foi construída pela Farteco e depois adquirida pela Vale. “É importante registrar que a Vale existe há 70 anos. O primeiro acidente de barragem da Vale aconteceu agora em Feijão. Feijão não foi construída pela Vale. A Vale não utiliza o método de construção a montante em barragem nenhuma”, afirmou.

O rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015, ocorreu na estrutura da mineradora Samarco, empresa formada por uma sociedade entre a Vale e a australiana BHP.

Indenizações

Na reunião, o presidente da Vale voltou a dizer que a companhia não vai judicializar o processo de pagamento de indenizações e que quer acelerar o pagamento para as famílias atingidas.

“A Vale quer acelerar esses pagamentos de indenizações. A gente não vai optar por judicialização, vamos optar por acordo”, afirmou.

Em assembleia na noite desta quarta-feira (13) em Brumadinho, parentes de vítimas, empregados e terceirizados da Vale atingidos pelo rompimento da barragem rejeitaram o acordo proposto pela mineradora. Segundo o último balanço da Defesa Civil, 166 mortes foram confirmadas e 155 pessoas continuam desaparecidas.

Fonte: G1

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