Foto: Divulgação
Vereador Enzo Samuel (PC do B)
Teresina (PI) - Os vereadores da Câmara Municipal de Teresina se reúnem, nesta terça-feira, 2, às 16h, de forma extraordinária, para tratarem sobre a crise na saúde da rede municipal da capital, que causou a retirada de aparelhos de Raio X e tomografia do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e outros hospitais, na semana passada, além da falta constante de insumos e medicamentos.
Os vereadores devem discutir a possibilidade da criança de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e a intervenção do estado na saúde municipal. A bancada da Prefeitura de Teresina na Câmara, liderada pelo vereador Antônio José Lira, não vê mais justificativa para a reunião, já que, segundo ele, todos os problemas foram sanados.
Em entrevista para a TV Clube, hoje, o presidente da Câmara, vereador Enzo Samuel (PCdoB), disse que todos os problemas enfrentados pelos hospitais, na semana passada, chamaram muita atenção dos parlamentares e por isso a decisão da reunião.
“A Câmara é responsável por fiscalizar e realizar essa cobrança. Com o anúncio dessa sessão extraordinária, de imediato surtiu o efeito porque os equipamentos retornaram, mas esses esclarecimentos precisam ser dados à população de Teresina. O porquê foi recolhido, o porquê esperou para poder fazer a negociação e devolver esse material, o porquê as UBS de Teresina estão sem insumos, porque as UBS fecharam durante esse período de recesso, então, tudo isso são informações que precisam ser repassadas para a população porque o vereador tem essa função de fiscalizar, ele tem essa função de cobrar e nós queremos também evitar o pior. A medida que foi tomada pode ser uma medida paliativa”, disse Enzo Samuel.
O presidente da Câmara defende um debate amplo, com representantes de vários segmentos da prefeitura, entre eles. Finanças, Fundação Municipal de Saúde e até da Secretaria de Saúde do Estado.
“Também defendo o convite ao secretário de saúde do Estado porque nós somos uma saúde que hoje não atende somente mais Teresina. Nós atendemos mais de 300 municípios, atendemos outros estados, o HUT, você tem pessoas do interior, você tem pessoas de outros estados, então exige também essa participação maior do estado dentro da saúde do município. Eu sou defensor de uma política integrada, efetiva, para que a gente possa resolver esse problema, senão nós vamos ficar só no ‘enxuga gelo’ e não é isso que nós queremos, nós queremos evitar que o pior aconteça, como perder vidas”, afirma Enzo Samuel.
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