Política

TENTATIVA DE GOLPE

Veja o que Bolsonaro, Heleno e Torres falaram em vídeo apreendido pela PF

De acordo com as transcrições, Bolsonaro teria demandado que seus ministros replicassem desinformações sobre a lisura do sistema de votação

Da Redação

Sexta - 09/02/2024 às 10:12



Foto: Reprodução Bolsonaro e Anderson Torres
Bolsonaro e Anderson Torres

A Polícia Federal divulgou detalhes de uma reunião ocorrida em 5 de julho de 2022, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro supostamente teria instigado a promoção de desinformação e ataques à Justiça Eleitoral. Segundo relatórios da PF, participaram da reunião Bolsonaro, Anderson Torres, então ministro da Justiça, e diversos generais do governo. 

De acordo com as transcrições, Bolsonaro teria demandado que seus ministros replicassem desinformações sobre a lisura do sistema de votação. Entretanto, a interpretação exata das falas do ex-presidente permanece sujeita a debate, e não é possível afirmar com total certeza a intenção por trás de suas palavras. 

Bolsonaro também teria questionado a isenção de três ministros do Supremo Tribunal Federal: Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Roberto Barroso. Ele teria expressado dúvidas sobre a imparcialidade desses magistrados em relação às eleições. 

“Porque os cara tão preparando tudo, pô! Pro Lula ganhar no primeiro turno, na fraude. Vou mostrar como e porquê. Alguém acredita aqui em FACHIN, BARROSO, ALEXANDRE DE MORAES? Alguém acredita? Se acreditar levanta o braço! Acredita que eles são pessoas isentas, tão preocupado em fazer justiça, seguir a Constituição? De tudo que são… Tão vendo acontecer?” 
 
O então ministro da Justiça, Anderson Torres, mencionou uma suposta ligação entre o Partido dos Trabalhadores e a facção criminosa PCC, sem fazer menção direta ao PT ou a Lula durante a reunião. 

“Mas estamos aí, presidente, desentranhando a velha relação do PT com o PCC. A velha relação do PT com o PCC. Isso tá vindo aí através de depoimentos que estão há muito guardados aí… isso aí foi feito ó. Tá certo? Isso tudo tá vindo à tona. Isso não é mentira. Isso não é mentira.” 

 
Outros participantes da reunião teriam discutido estratégias para as eleições, mencionando a importância de assegurar transparência e segurança no processo eleitoral. No entanto, não fica claro em que contexto essas discussões ocorreram. 

Houve também menções a supostos pagamentos a ministros do STF, sem apresentação de provas concretas. O ex-presidente Bolsonaro teria sugerido que algo "esquisito" estaria acontecendo, embora tenha ressaltado a falta de evidências. 

O relatório da PF indica que o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, mencionou reuniões frequentes com os comandantes das Forças Armadas, porém sem especificar detalhes sobre o teor desses encontros. 

Por fim, as falas do general Augusto Heleno sobre "infiltrar agentes nas campanhas eleitorais" geraram controvérsia, mas não ficou claro se houve uma intenção real de agir dessa forma. 

Fonte: Poder 360

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