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Rodrigo Maia critica parte do pacote anticrime de Moro ao comentar morte de Ágatha

Na Câmara, o pacote foi dividido em três e deve voltar à pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima semana

Segunda - 23/09/2019 às 06:42



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Deputado Rodrigo Maia
Deputado Rodrigo Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou, neste domingo (22), parte do pacote anticrime enviado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, ao Congresso. A declaração foi feitas nas redes sociais, quando Maia postou uma mensagem de apoio à família da menina Ágatha Félix, de 8 anos de idade, que morreu na madrugada de sábado (21), depois de ser atingida por uma bala nas costas na sexta (20).

Rodrigo Maia@RodrigoMaiaRespondendo a @RodrigoMaia

É por isso que defendo uma avaliação muito cuidadosa e criteriosa sobre o excludente de ilicitude que está em discussão no Parlamento.

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Moradores do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, onde o caso ocorreu, afirmam que a  menina foi atingida por uma bala disparada por policiais militares, que abriram fogo contra uma motocicleta. A Polícia Militar do Rio de Janeiro alega que os policiais reagiram a um agressão.

O excludente de ilicitude mencionado por Rodrigo Maia é o item do projeto de Sergio Moro que abre brecha para os agentes de segurança não sejam punidos por excessos durante a atuação. Pelo texto,  o juiz poderá reduzir a pena pela metade ou não aplicá-la se o agente de segurança argumentar que este excesso decorreu “de escusável medo, surpresa ou violenta emoção".

A proposta ainda amplia as situações que podem ser consideradas como legítima defesa. Os policiais podem ser perdoados da pena ou tê-la reduzida se "o agente policial ou de segurança pública que, em conflito armado ou em risco iminente de conflito armado, previne injusta e iminente agressão a direito seu ou de outrem" e também se "o agente policial ou de segurança pública que previne agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes".

Na Câmara, o pacote foi dividido em três e deve voltar à pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima semana. O colegiado quer dar início à tramitação do projeto que trata da Justiça Eleitoral e ainda discutir alternativas legais para recuperar alguns dos pontos que foram retirados do texto que altera o Código Penal. A prisão em segunda instância é um desses pontos.

Fonte: Congresso em Foco

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