Política

EVENTO

Regina Sousa acredita que projeto do ICMS dos combustíveis será judicializado

A aprovação dessa medida pode ter impacto anual de mais de R$ 100 bi a menos aos estados

Da redação

Quarta - 08/06/2022 às 17:47



Foto: Agência Senado Reunião
Reunião

A governadora Regina Sousa saiu pouco otimista da reunião realizada, nessa terça-feira (7), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e outros governadores para tratar do projeto de lei complementar em tramitação no Congresso Nacional que cria um limite de 17% a 18% para o ICMS sobre itens como combustíveis e energia. A chefe do Executivo piauiense acredita que a questão será judicializada, já que, segundo ela, a proposta do Governo Federal está, politicamente, praticamente decidida e deve ser aprovada como está.

Regina Sousa diz que é muito difícil que se mude o teor do projeto. Ela informa que haverá uma reunião no Supremo Tribunal Federal com o Comsefaz e Procuradoria Geral. “Quem sabe sai um acordo mínimo, o Governo estará presente representado pela PGR. Achamos que vai judicializar. Não é que o projeto seja ruim que ninguém seja contra, embora gere dúvida se vai baixar os preços”, diz, enfatizando que não dá para desmantelar estados e municípios que recebem 25% do ICMS dos estados.

No caso do Piauí, segundo a governadora, a maior parte da renda do estado é o ICMS do combustível e da energia. “Nesse momento, todas as ações previstas no orçamento têm que ser revista”, diz.

Os governadores que não participaram do encontro desta terça e representantes do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) participam de um novo encontro no Senado, nesta quarta-feira (8), com o propósito de tentar inserir alguma proposta. Mas na opinião da governadora do Piauí, ela acha difícil inserir qualquer mudança que atenda o interesse dos estados.

Wellington Dias confirma adiamento da viagem de Lula ao Piauí

Golpe de Estado contra Dilma colocou 33 milhões de brasileiros passando fome

Rafael Fonteles lança Plano de Governo em evento nesta quarta-feira (8)

Os governadores terão ainda uma reunião, nesta quinta-feira (9), no Supremo Tribunal Federal (STF) com representantes do Comsefaz e Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo Regina, “quem sabe saia um acordo mínimo que incorpore as sugestões dos governadores. Pode ser outro caminho também. Quem sabe! Enquanto tiver espaço vamos discutindo”.

A governadora acredita que, caso a medida seja aprovada no Senado sem mudanças, vai desmantelar estados e municípios e não vai reduzir o preço dos combustíveis, como o Governo Federal defende. Ela cita o caso do Piauí e outras unidades da Federação em que o ICMS da energia e combustíveis representa a maior parte da arrecadação.

“Fomos convidados para o encontro com o senador Rodrigo Pacheco porque existe uma abertura para inclusão de mudanças no Senado. Insistimos na proposta de votar agora e adiar o início da validade da medida, porque o que está ocorrendo é que vão mudar a regra do jogo no meio da partida. Todas ações previstas no orçamento dos estados têm que ser revistas, repensadas”, comentou a gestora.

Segundo o Comsefaz, o ICMS representa, em média, cerca de 70% de toda a receita dos estados, dos quais 25% são comprometidos com educação, 12%, no mínimo, com saúde e outros 25%, com municípios.

Regina lembra que a compensação proposta pela União é de os Estados zerem o ICMS do diesel e do gás e depois disso aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Sousa informou que a maior parte dos governadores acredita que não é possível aprovar uma PEC este ano, então, esta não seria a melhor saída.

Fonte: CCOM

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: