Política

ACUSAÇÃO

PGR denuncia Augusto Aras por omissão sobte os atos golpistas de 8 de janeiro

A acusação de Anselmo Lopes contra o ex-procurador bolsonarista foi apresentada em um despacho protocolado em 25 de janeiro

Da Redação

Sexta - 16/02/2024 às 09:35



Foto: José Cruz / Agência Brasil Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à esquerda, e Augusto Aras (ex-PGR), à direita
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à esquerda, e Augusto Aras (ex-PGR), à direita

Brasília (DF) - O procurador-geral da República, Anselmo Cordeiro Lopes, acusa Augusto Aras, procurador-geral durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), de ter boicotado um informe que poderia ter evitado os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília. As informações são do Metrópoles.

Atualmente, Anselmo Lopes é o procurador da República encarregado da monitoração das atividades antidemocráticas dos bolsonaristas após as eleições de 2022. Uma de suas responsabilidades era evitar que tais atos contra a democracia ocorressem. A acusação de Lopes contra o ex-procurador bolsonarista foi apresentada em um despacho protocolado em 25 de janeiro.

De acordo com a investigação do Metrópoles, o relatório ignorado por Aras foi enviado à Procuradoria Geral da República (PGR) semanas antes do atentado à democracia e mencionava a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes como possíveis alvos de ações antidemocráticas por parte dos apoiadores de Bolsonaro que, na época, acampavam em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, exigindo uma intervenção militar.

Em sua acusação, Lopes alega que Aras usou sua posição como procurador-geral da República para bloquear a distribuição do documento a autoridades militares e de segurança pública. Segundo informações obtidas pelo colunista Rodrigo Rangel, que teve acesso ao documento, "a recomendação parecia antecipar um desastre".

Durante o governo Bolsonaro, o ex-procurador-geral da República já era criticado por sua suposta proteção à Bolsonaro. Entre os motivos de controvérsia estão pedidos de impeachment e processos contra o ex-presidente que foram interrompidos por Aras.

De acordo com Lopes, Aras também teria ordenado o encerramento de grupos de trabalho criados para monitorar os grupos golpistas que se organizavam nas ruas.

Apesar de Lopes e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) não possuírem autorização legal para investigar ou processar um ex-procurador-geral da República, se acatarem a acusação, a PGR ou a Advocacia-Geral da União (AGU) poderão tomar medidas contra Aras.

Fonte: Revista Fórum com informações do Metrópoles

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