Política

SEM APOIO PARTIDÁRIO

PL não vai participar da organização de ato convocado por Bolsonaro

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) negou qualquer constrangimento entre a legenda e Bolsonaro

Da redação

Quinta - 15/02/2024 às 11:49



Foto: Reprodução Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

Está agendada uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com apoio de seus filhos e do pastor evangélico Silas Malafaia, para o próximo domingo (25), só que sem o apoio do Partido Liberal (PL).

De acordo com a assessoria de comunicação do partido,  essa decisão vem após o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, ter sido detido por três dias na superintendência da Polícia Federal em Brasília, como parte da Operação “Tempus Veritatis”, ocorrida no dia 8 de fevereiro.

Valdemar Costa Neto

O não envolvimento do PL também é relacionado à ação judicial movida pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o partido após as eleições de 2022. Naquela ocasião, o partido foi condenado a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões por críticas às urnas e ao sistema eleitoral.

Indagado sobre possíveis preocupações do partido, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) negou qualquer constrangimento entre a legenda e Bolsonaro, enfatizando que a manifestação foi iniciativa do ex-presidente e de Silas Malafaia.

"Não há receios. O PL nunca convocou manifestações, inclusive em períodos eleitorais. As manifestações sempre partiram de convocações espontâneas dos parlamentares", afirmou o deputado.

Sóstenes Cavalcante

Por outro lado, Bolsonaro demonstra intenção de evitar conflitos com Moraes. Em um vídeo convocando seus apoiadores para o protesto, o ex-presidente pediu que não levem cartazes contra indivíduos específicos, sugerindo uma postura mais moderada durante a manifestação.

"Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo. E mais do que isso, não compareçam com qualquer cartaz ou faixa contra quem quer que seja. Nesse evento, quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas a minha pessoa nos últimos meses. Mais do que discurso, uma fotografia", disse.

Bolsonaro Convoca apoiadores

Nas redes sociais, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann afirmou que a ação marcada por Bolsonaro não há legitimidade, e completou dizendo que o Brasil não pode “flertar com o perigo”.

“É estarrecedor ver Bolsonaro convocar um ato “em defesa do estado democrático de direito” que ele nunca respeitou e tentou abolir em sua fracassada tentativa de golpe! E é chocante ver a mídia normalizar esse chamado e o próprio ato, tratando como coisa normal. Sem conotação crítica”, ressaltou.

Continuando, Gleisi lista tudo que “Bolsonaro é”. De acordo com a presidente do partido, o ex-mandatário sempre defendeu a ditadura, a tortura e os torturadores; Seu primeiro ato na presidência extinguiu os mecanismos de participação social nas políticas públicas; Seus primeiros decretos visaram a armar, municiar e incentivar bandos fascistas e de milicianos; Montou um gabinete do ódio no Planalto para disseminar mentiras e ameaças contra todo e qualquer adversário;

Publicação de Gleisi Hoffmann

Alem disso, montou uma Abin Paralela para espionar adversários e até ministros de Tribunais Superiores; Usou o Sete de Setembro para ameaçar as instituições e ofender ministros do Supremo; . Ameaçou fechar o STF (“basta um cabo e um soldado”, na voz de um de seus filhos e cúmplices); Convocou desfile de tropas em Brasília para intimidar a Câmara no dia da votação do projeto do voto impresso; Tentou desacreditar o sistema eleitoral, inclusive diante do corpo diplomático, atacando a urna eletrônica; . Faltando três meses para as eleições presidenciais, com pesquisas prevendo sua derrota, reuniu o ministério para cobrar ação contra o adversário, a Justiça Eleitoral e o STF;

Gleisi encerra dizendo que, na mesma reunião, tratou de espionagem de campanhas, “virada de mesa” e medidas para impedir a eleição de Lula; Derrotado nas urnas, não reconheceu a vitória do adversário nem a legitimidade do processo eleitoral; tentou de todas as formas encontrar fraudes inexistentes; Incentivou ocupações de rodovias e acampamentos diante de quartéis, financiados clandestinamente e tolerados por comandantes militares; de onde partiram a baderna de 12 de dezembro, dia da diplomação de Lula, e o atentado a bomba contra o aeroporto de Brasília na véspera do Natal; Preparou um decreto ilegal de estado de sítio, prevendo a prisão do presidente do TSE, que manteve sob monitoramento clandestino, e a anulação das eleições; . Conspirou com chefes militares e comandantes de tropas especiais na preparação de um golpe para impedir a posse de Lula e manter-se no poder; Fugiu do país, levando joias roubadas ao patrimônio público, e assistiu de camarote os atentados de 8 de janeiro, financiados organizados por seus apoiadores civis e militares.

Fonte: Brasil 247

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