Política

NEGLIGÊNCIA

PF apura omissão de ex-comandantes do Exército e Aeronáutica em golpe de Estado

O relatório destaca a necessidade de investigar a postura de Freire Gomes e Baptista Júnior durante atos golpis de 8 de janeiro

Da Redação

Quinta - 15/02/2024 às 11:19



Foto: Isac Nóbrega / PR Ex-presidente Jair Bolsonaro (á esquerda) e General do Exército Marco Antônio Freire Gomes (ao centro)
Ex-presidente Jair Bolsonaro (á esquerda) e General do Exército Marco Antônio Freire Gomes (ao centro)

O relatório da Polícia Federal (PF), que fundamentou a Operação Tempus Veritatis, destacou a necessidade de aprofundar as investigações sobre a possível omissão dos ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Junior, durante os atos golpistas de 8 de janeiro.  A operação foi deflagrada na semana passada e teve como alvos Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros, militares e assessores do antigo governo.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria demonstrado apoio à tentativa de golpe militar.  

Apesar de Garnier ser o único dos três comandantes diretamente mencionado na operação, o relatório da PF ressalta a necessidade de investigar a conduta de Freire Gomes e Baptista Júnior, que não denunciaram a tentativa de golpe. 

"Conforme o exposto, os fatos apresentados revelaram a adesão e participação de vários militares aos atos que estavam sendo desenvolvidos pelo grupo investigado na tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em relação ao general Freire Gomes e ao Brigadeiro Baptista Junior os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes", destaca um trecho do relatório, segundo a reportagem do G1. 

O relatório também menciona o general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, que já estava sob investigação devido à venda das joias sauditas desviadas do patrimônio da presidência.  Até então, alegava-se que Lourena havia apenas ajudado em uma missão recebida pelo filho. No entanto, o relatório revela uma troca de mensagens que evidencia a preocupação do grupo golpista em manter seus apoiadores mobilizados.

Fonte: Brasil 247, com informações do G1

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