Foto: Lula Marques / Agência Brasil
Tenente-coronel, Mauro Cid, durante CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro, em 2023
Mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) vieram à tona, revelando conversas entre os tenentes-coronéis Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e Sérgio Cavaliere, onde discutiram a possibilidade de mudar o resultado das eleições e conceder benefícios aos envolvidos no caso de os planos golpistas não darem certo.
Segundo informações datadas do dia 19 de novembro de 2022, Cavaliere abordou Cid, mencionando a concessão especial para militares da ativa deixarem suas carreiras com aposentadorias proporcionais, caso os planos de intervenção falhassem.
Em resposta, Cid mencionou ter discutido a questão com o vice-chefe de gabinete, sem detalhar sua identidade ou afiliação, e afirmou que a ideia era não conceder o benefício a ninguém. Cavaliere expressou descontentamento com essa decisão, chamando-a de "sacanagem".
O diálogo entre os militares também envolveu preocupações com possíveis consequências negativas para suas famílias, caso o plano não desse certo. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que essas conversas revelam uma tentativa de influenciar militares a se voltarem contra os comandantes que se opõem ao golpe.
Além disso, Cavaliere lamentou a falha do Partido Liberal (PL) em contestar a integridade das urnas eletrônicas e mencionou o plano como uma forma de confrontar o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo ele, estava sob pressão e não aceitaria as demandas dos conspiradores.
Em suma, as mensagens reveladas lançam luz sobre discussões internas entre membros militares sobre a possibilidade de intervenção política e os possíveis desdobramentos caso esses planos não fossem bem-sucedidos. O caso está sob investigação da Polícia Federal.
Fonte: Brasil 247
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