Foto: Revista Fórum
Marcelo Odebrecht muda depoimento sobre "caixa 2" ao PT
O ex-presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, mudou o depoimento e admitiu que executivos da Braskem, empresa que a construtora mantém em sociedade com a Petrobras, mentiram sobre suposto Caixa 2 entregue ao Partido dos Trabalhadores nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014.
A reportagem, assinada pelos jornalistas Mario Cesar Carvalho e Wálter Nunes e publicada pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (1º), revela que Marcelo Odebrecht, em emails, admite que as doações ao PT foram oficiais e não “Caixa 2”, como havia sido dito anteriormente.
"Acho importante retificar que uma parte dos aproximadamente R$ 150 milhões que é citado como tendo sido direcionados ao PT/governo federal, no contexto das campanhas presidenciais de 2010 e 2014, não foi caixa 2, e sim de doações oficiais ou via terceiros (que tem sido chamada de caixa 3)", revela Marcelo Odebrecht.
A Braskem, segundo o e-mail de Marcelo, omitiu nas delações o pagamento de propina para dirigentes do MDB para facilitar a comprar energia mais barata da Centrais Hidrelétricas do Rio São Francisco (Chesf) comandada na época pelo MDB.
Marcelo Odebrecht cumpre prisão domiciliar desde dezembro de 2017, após passar dois anos e meio preso em Curitiba.
Newton de Souza, que era da Braskem e presidiu a Odebrecht quando Marcelo foi preso em 2015, e o advogado Maurício Ferro, que integrou a diretoria jurídica da Braskem e da Odebrecht – e é casado com uma irmã de Marcelo, Mônica Bahia Odebrecht -, manipularam os emails da petroquímica para que eles não aparecessem como criminosos.
Marcelo Odebrecht mudou depoimento sobre caixa 2 supostamente pago ao PT em 2010 e 2014 (Foto: Revista Fórum)
Fonte: Folha de São Paulo
Siga nas redes sociais