Política

CARGO COBIÇADO

Lula não quer a volta do que deu errado, afirma Wellington Dias

O ministro Wellington Dias defende que Bolsa Família continue no Desenvolvimento Social

Arnaldo Silva

Quinta - 03/08/2023 às 12:00



Foto: Arnaldo Silva Wellington Dias
Wellington Dias

O ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento Social, disse que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidir se ele fica ou não no governo, mas que o presidente não quer "a volta do que deu errado".

Dias enfrenta uma pressão crescente do Centrão, que almeja assumir o cargo. No entanto, em entrevista à jornalista Jeniffer Gularte, do Globo, ele critica a possibilidade de um membro do bloco de partidos ocupar seu lugar.

“Conheço bem o presidente. Ele não abre mão do projeto que desenhou para o país. Vai organizar a base e ter a participação de líderes dos partidos que aceitaram vir. Mas é ele quem vai decidir”, declarou em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta 5ª feira (3.ago.2023). “Ter outro ministro no meu lugar, é Lula quem decide. Estou aqui pela vontade e confiança nele. Não posso negar que estou entusiasmado com o trabalho que estamos fazendo, mas é ele quem tem poder de decisão sobre sua equipe”, falou o ministro.

Lula, aliado antigo de Dias, obteve a maior votação proporcional no Piauí em 2022. No entanto, o cargo de Wellington está sendo cobiçado dentro do governo. O ministro afirma que a votação expressiva de Lula no estado é fruto do reconhecimento do trabalho do presidente, que busca compor um governo com líderes de diferentes partidos para dividir responsabilidades.

Dias critica a possibilidade de retirar o Bolsa Família do Ministério do Desenvolvimento Social, argumentando que a separação dessa política das demais resultou em aumento da pobreza e da fome. Ele destaca que não é razoável essa medida e reforça que a decisão sobre seu lugar no ministério é de responsabilidade de Lula. O ministro também comenta sobre a pressão que vem sofrendo, inclusive por parte do presidente do PP, Ciro Nogueira, seu adversário político. Ele afirma que é Lula quem deve tomar essa decisão e que não é possível ser governo e oposição ao mesmo tempo.

O ex-governador do Piauí afirmou ainda que Lula já reclamou sobre o trabalho no Desenvolvimento Social, mas que a crítica é algo natural. “O presidente conversou comigo e com outros ministros. Ele quer duas coisas: uma linguagem simples e foco nos compromissos dele com o povo. Essa conversa tem 30 dias. Estamos adequando o foco e a forma como a bandeira do presidente é levada para o Brasil e ao mundo”, afirmou.

“A crítica é natural. Da parte da equipe, tenho encontrado respeito, apoio e colaboração”, continuou. “Tem muita futrica e estou na máxima de Torquato Neto: só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”, completou.

Fonte: Com informações do O Globo

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