Política

ESPIONAGEM ILEGAL

Inteligência do Exército participava de esquema da Abin paralela

Segundo oficiais da Abin, inteligência militar possuía vínculos diretos com o gabinete presidencial e tinha a responsabilidade de fornecer informações confidenciais

Da redação

Terça - 06/02/2024 às 12:38



Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não era a única organização envolvida no esquema de espionagem política durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações reunidas pelo Metrópoles, fontes de alto escalão da agência relatam que a inteligência do Exército também fornecia informações para o círculo apoiador do ex-presidente.

A Polícia Federal (PF) investiga o que vem sendo chamado de "Abin paralela" através da denominada Operação Vigilância Aproximada, inicialmente deflagrada em 25 de janeiro. Durante a antiga gestão, a Abin teria usado o programa First Mile, pertencente à empresa israelense Cognyte, para monitorar opositores políticos da família Bolsonaro.

A inteligência do Exército também fazia uso desse software. Com as investigações, as consultas realizadas pela inteligência militar agora estão em posse da PF e serão analisadas como evidência das operações de espionagem ilegal.

Oficiais de inteligência que monitoraram as atividades do grupo liderado Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Abin ainda relataram a existência de um núcleo de inteligência paralelo, alinhado aos interesses de Bolsonaro e seu círculo íntimo.

Ainda segundo o alto escalão da Abin, este grupo, formado por oficiais com experiência no Centro de Inteligência do Exército (CIE), possuía vínculos diretos com o gabinete presidencial da época e tinha a responsabilidade de fornecer informações confidenciais.

O Exército Brasileiro ainda não se pronunciou sobre o caso

Fonte: Brasil 247

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