Política

INVESTIGAÇÕES

General Laércio Vergílio defende a prisão de Alexandre de Moraes

De acordo com o general, a ação era para restaurar a harmonia entre os Poderes

Da Redação

Domingo - 17/03/2024 às 12:45



Foto: Divulgação Montagem do ministro Alexandre de Moraes e ex-presidente Bolsonaro
Montagem do ministro Alexandre de Moraes e ex-presidente Bolsonaro

Em depoimento para a Polícia Federal, o general da reserva do Exército, Laércio Vergílio no âmbito das investigações sobre a trama golpista, disse que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deveria ser preso para que o Brasil voltasse a normalidade institucional com harmonia entre os Poderes. A declaração foi registrada nos arquivos revelados pelo STF nesta última sexta-feira (15). 

No depoimento, anteriormente confidencial, Vergílio expressa desconhecimento sobre os detalhes da possível detenção de Moraes após uma declaração de GLO ou Estado de Defesa por Jair Bolsonaro (PL), mas defende que tal ação seria realizada ‘dentro da legalidade’. Uma versão da minuta investigada menciona a prisão do ministro e a convocação de novas eleições.

Questionado sobre como seria executada a ordem de prisão do Ministro  Alexandre de Moraes em sua residência em 18 de dezembro de 2022, pelo Comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia, ele respondeu que não tem informações sobre a maneira específica como tal prisão ocorreria. Ele acrescentou que sua opinião é que a prisão seria necessária para restaurar a normalidade institucional e promover a harmonia entre os poderes, considerando-se que estava na reserva desde 2000 e opinava com base nessa perspectiva durante o depoimento à PF.

Ele menciona que o grupo se baseou nos argumentos do jurista Ives Gandra Martins. Além disso, afirma que o texto do jurista foi utilizado por militares na tentativa de persuadir o então comandante do Exército, general Freire Gomes, a aderir ao plano. Ele reitera que a intenção não era um golpe, mas sim uma ação legal, respaldada por "argumentos jurídicos" apresentados por um jurista respeitado que contribuiu para a elaboração da atual Constituição Federal.

"Não se tratava de golpe de estado e seria responsabilidade do Presidente informar ao povo brasileiro sobre a implementação da operação de Garantia da Lei e da Ordem para restabelecer o estado democrático de direito conforme a Constituição Federal", enfatiza. "As medidas, como a prisão de Moraes, seriam adotadas após seguir o que foi defendido pelo jurista Ives Gandra", conclui.

Fonte: Carta da Capital

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