Política

É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada? questiona Cardozo

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Segunda - 11/04/2016 às 15:04



Foto: Redação Piauihoje.com José Eduardo Cardozo
José Eduardo Cardozo
Ao apresentar a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisa o pedido de impeachment, na Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, compara a situação de Dilma à do senador tucano Aécio Neves, um dos principais defensores do golpe, acusado de coordenar um esquema de corrupção em Furnas, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF por corrupção e dono de contas não declaradas na Suíça; "É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada? É de ter contas no exterior?", perguntou; Cardozo lembrou que Cunha teve direito a vários recursos, diferente da presidente, e lembrou que as chamadas \'pedaladas fiscais\' já eram prática conhecida em outros governos; "Por que a nossa é de má-fé e a outra é correta?", questionou

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, comparou as acusações contra a presidente Dilma Rousseff com as feitas contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao apresentar a defesa do governo na comissão especial que analisa o pedido de impeachment na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira 11.

Um dos principais defensores do golpe, Aécio e acusado de coordenar um esquema de corrupção em Furnas e citado várias vezes por delatores diferentes na Operação Lava Jato. Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro e dono de contas bancárias não declaradas na Suíça, por onde recebeu ao menos US$ 5 milhões em propina.

"É de receber dinheiro de Furnas que Dilma é acusada? É de ter contas no exterior?", questionou Cardozo. "Sobre o que ela tem que responder? Vossa excelência não disse", acrescentou, em referência ao relator da comissão, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que defendeu o afastamento da presidente em seu relatório.

Cardozo lembrou ainda que Cunha teve direito a vários recursos em seu julgamento, diferente da presidente, e lembrou que as chamadas \'pedaladas fiscais\' já eram prática conhecida e aprovada por tribunais de contas e pelo Congresso em governos anteriores. "Por que a nossa é de má-fé e a outra é correta?", perguntou o ministro.

Segundo o chefe da AGU, o processo de impeachment é nulo por vícios de origem.

Fonte: Brasil 247

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