Foto: Dedetizadora em Curitiba
Abelhas
A extinção de várias espécies de abelhas na região dos cerrados e no semi-árido piauiense pelo uso de agrotóxicos – inclusive alguns banidos em outros países - pelos produtores de grãos e outras culturas no Piauí foi discutido pelos deputados, produtores rurais e ambientalistas em audiência pública realizada na Comissão de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente, na manhã desta quinta-feira (27).
Milhões de abelhas são mortas pela pulverização de inseticidas nas lavouras, principalmente a da soja, nos cerrados e em outras regiões do Piauí, denunciou o deputado Ziza Carvalho (PT), autor da proposta para a relização da audiência.
A Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja-PI), representada por Rafael Mashio, defendeu que não haja uma proibição “radical” do uso de agrotóxicos no Piauí, pois essa medida acarretaria prejuízos financeiros ao Estado, mesma opinião do representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Piauí, Paulo Vieira.
A Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Piauí (OAB-PI), pelos eu representante Saraiva Neto, afirmou que antes de se pensar em prejuízo financeiro é preciso defender a população e o meio ambiente do uso indiscriminado de agrotóxicos, inclusive citando as denúncias da ocorrência de partos prematuros na região de Uruçui, no Sul do Estado, por conta do uso de um tipo de agrotóxico.
A jornalista Tânia Martins e a médica Marcinda Araújo, representantes da Rede Ambiental do Piauí, foram radicais e defenderam o fim da pulverização aérea de áreas agrícolas no Piauí, como já é realidade no vizinho Ceará.
A pesquisadora da Embrapa, Flávia Melo, ressaltou que pelo menos 35 mil pessoas sobrevivem da apicultura, que seria uma das atividades afetadas pelo uso de agrotóxicos.
Desemprego
Sérgio Bortolozzo, vice-presidente da Federação da Agricultura do Piauí, defendeu o uso dos venenos para melhorar a produção agrícola. Ele comparou o agrotóxico para a lavoura com o medicamentos para a pessoa doente. E alertou que a proibição ter enorme impacto na produção agrícola e causar desemprego no campo.
Fonte: Alepi
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