Deputado Limma diz que não há nenhuma justificativa para a fome no Brasil

Foto: Divulgação Alepi

Francisco Limma

O deputado estadual Francisco Limma (PT) chamou atenção para o problema da fome durante sessão plenária dessa terça-feira (17). O Dia Mundial da Alimentação foi comemorado no dia 16 de outubro, e o Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, celebrado no dia 17 de outubro.

“No Brasil, temos cerca de 21 milhões de pessoas que enfrentam uma situação de insegurança alimentar grave. São mais de 30 milhões as que passam fome, mas para 21 milhões a situação é muito grave. Não há nenhuma justificativa. [...] Num país que não tem terremoto, que não guerra, e que tem cerca de 75% do seu território com todas as condições de produzir alimentos”, ressaltou o deputado.

O parlamentar disse ainda que o problema se agravou nos últimos quatro anos, durante o governo Bolsonaro.

“Aquilo que a gente não imaginava que seria possível, que voltaria a acontecer, em menos de quatro anos, por uma decisão equivocada e irresponsável de um presidente, que de fato parecia querer aniquilar os mais pobres, voltamos a ter 32 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar”, disse.

Limma destacou que uma das principais causas da fome é a grande concentração de renda.

“Quinze famílias detém a metade da riqueza do nosso país. Em 2015 eram 45 famílias. Hoje só são 15. [...] É cada vez mais riqueza na mão de menos gente. [...] Gente que usa sua riqueza, seu patrimônio, pra oprimir outros”, disse.

O presidente da Alepi, deputado Franzé Silva (PT), também em aparte, afirmou que a fome está diretamente ligada a distorções tributárias.

“É inadmissível que um trabalhador que ganhe R$ 4.664 pague a mesma alíquota de imposto de renda, no caso 27,5%, de quem tem bilhões de renda todo mês”, disse.

Por fim, Limma falou sobre a importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que acaba de completar 20 anos. Trata-se do maior programa de aquisição de produtos da agricultura familiar, desenvolvido pelo Governo Federal através do Ministério de Desenvolvimento Social, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estados e municípios.