Política

OPERAÇÃO

Delação de Mauro Cid fornece detalhes da conspiração golpista de Bolsonaro

Cid detalhou episódios que deram substância ao plano conspiratório, desmistificando a noção de que se tratava apenas de fantasias ou devaneios

Da Redação

Quinta - 08/02/2024 às 11:57



Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro

A operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (08) expôs uma rede complexa de articulações no âmago do poder, visando manter Jair Bolsonaro na presidência. Um grupo composto por políticos, militares, operadores e influenciadores digitais operava nos bastidores dos palácios, ministérios e quartéis, em uma conspiração liderada de forma pouco discreta pelo próprio presidente Bolsonaro. 

Os alvos desta operação são alguns dos principais integrantes dessa trama, cujos detalhes foram revelados em grande parte por uma testemunha-chave com acesso privilegiado às intrincadas negociações. A delação do coronel Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro, forneceu informações cruciais que embasaram a ação da PF contra a cúpula da organização.

Jair Bolsonaro

Cid detalhou episódios que deram substância ao plano conspiratório, desmistificando a noção de que se tratava apenas de fantasias ou devaneios. Segundo o coronel, após a derrota eleitoral, Filipe Martins apresentou ao presidente uma minuta de decreto para mantê-lo no poder, convocar novas eleições e prender oponentes políticos. 

A liderança de Bolsonaro nesse processo ficou evidente no relato de Cid, que afirmou que o presidente compartilhou o plano com os líderes militares, tendo o almirante Garnier dos Santos, comandante da Marinha, manifestado apoio à empreitada golpista. 

Além dos nomes mencionados por Cid, a operação da PF também alcançou figuras que agiram publicamente em prol desse objetivo. Entre eles, o general Walter Braga Netto, que utilizou o Ministério da Defesa para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas, e Valdemar Costa Neto, que mobilizou o PL para contestar o resultado das eleições. 

Fonte: Folha de São Paulo

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