Política

Clima de confusão na Câmara pós-afastamento

A confusão é grande na Câmara, com o agravamento da crise política provocado pela suspensão do mand

Quinta - 05/05/2016 às 19:05



Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados O vice Waldir Maranhão cercado por deputados
O vice Waldir Maranhão cercado por deputados
Investigado por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA) deixou o pelnário da Câmara sem dizer aonde iria e sinaliza que cumprirá decisão do STF – rechaçando, assim, ideia de “rebelião” contra o afastamento do aliado, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

A confusão é grande na Câmara, com o agravamento da crise política provocado pela suspensão do mandato do presidente Eduardo Cunha, por determinação do ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.

A sessão plenária desta quinta-feira (5), que originalmente estava reservada às deliberações da pauta, transformou-se em um ato de celebração informal protagonizado por adversários de Cunha, que tomaram seu lugar na Mesa Diretora com cartazes em que lia dizeres como “Fora, Cunha” e “Tchau, querido” – este, uma alusão à fala do ex-presidente Lula para a presidente Dilma Rousseff, captada em escuta telefônica e usada pela oposição durante o processo de impeachment, em que os petistas falavam sobre um termo de posse a ser usado “em caso de necessidade”.


“Minha palavra de é serenidade. A Constituição conduz, baliza a nossa atitude. Portanto, vamos cumprir a Constituição, trabalhar pela Casa, pelo Brasil”, limitou-se a dizer o deputado, cercado de jornalistas e seguranças, deixando a Câmara em seguida.

O presidente interino foi questionado por jornalistas que cobrem o Congresso o que iria fazer agora e ele preferiu ficar calado. Disse apenas que iria convocar uma sessão deliberativa para esta tarde e iria trabalhar pela Casa e cumprir a Constituição – rechaçando, assim, apelos de alguns deputados, encabeçados por Paulo Pereira da Silva (SD-SP), em prol de uma “rebelião” contra o afastamento determinado pelo Supremo.

Maranhão foi eleito para o cargo por influência de Cunha e até há poucos dias era seu aliado. Mas na votação da abertura do impeachment, Maranhão preferiu continuar apoiando o governo e votou contra o afastamento de Dilma. 

Fonte: Congresso em foco

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