Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ciro Nogueira
O ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI) publicou nas redes sociais um vídeo falando sobre uma reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia que, de cada cinco ambulâncias direcionadas pelo Governo Federal, uma vai para prefeitos aliados de Ciro Nogueira no Piauí.
O jornal levantou dados do Fundo Nacional de Saúde, que apontou que o Piauí teve em 2021 propostas aprovadas para financiamento de 123 ambulâncias, o que equivale a 18% do total de 683 para o país – quase 1 para cada 5 financiadas. Esse mecanismo se deu a partir das emendas de relator, boa parte, dos recursos destinados pela senadora Eliane Nogueira (PP), mãe de Ciro e que o substituiu no Senado.
O senador licenciado postou um vídeo dizendo que não faz sentido a crítica, afirmando que tem trabalhado pelo Piauí. Ele disse que “já teve um tempo em que o político era criticado por não fazer nada pelo nosso estado”, mas que agora, ao lado de Jair Bolsonaro, tem trabalhado pelo estado.
“Eu quero dizer que se isso é o que tem a falar contra mim, eu assumo a minha culpa. Vou fazer uma confissão pública para o povo do Piauí: eu trabalho com muito orgulho pelo Piauí, sim senhor. E vou trabalhar muito mais ao lado do presidente Bolsonaro”, disse.
DENÚNCIA SOBRE DESTINAÇÃO DE AMBULÂNCIAS
A reportagem da Folha de S. Paulo apontou que boa parte das ambulâncias que chegam ao Piauí são destinadas a municípios cujos prefeitos são aliados de Ciro Nogueira, e citou o exemplo de Miguel Leão, onde o prefeito Roberto Leão (PP) postou uma foto nas redes sociais agradecendo o ministro pela destinação da ambulância.
A reportagem apontou que, desde que Ciro Nogueira assumiu o ministério, o número de propostas de ambulâncias financiadas pelo FMS para o Piauí aumentou: eram 27, em 2017; 11 em 2018; 4 em 2019; nenhuma em 2020; até chegar às 123 do ano passado, quando assumiu o posto.
Os modelos contabilizados no levantamento são as chamadas ambulâncias tipo A, as mais simples e mais requisitadas, com valores entre R$ 235 mil e R$ 249 mil.
Fonte: Com informações da Folha de S.Paulo
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