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Ciro Nogueira chama Zambelli de louca e culpa direita pela derrota de Bolsonaro

Ao falar sobre os atos golpistas, Nogueira tratou ainda da parcela de culpa de Bolsonaro

Arnaldo Silva

Quinta - 15/06/2023 às 11:29



Foto: Redes sociais Ciro Nogueira e Bolsonaro
Ciro Nogueira e Bolsonaro

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (15), o senador Ciro Nogueira (PP), apontou os fatores que, na sua visão, motivaram a derrota do aliado, Jair Bolsonaro, para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição do ano passado. Segundo o ex-ministro da Casa Civil, a derrota de Bolsonaro foi causada por erros da própria direita.

“Perdemos essa eleição para nós mesmos. Houve alguns erros na condução da comunicação da pandemia, por exemplo, Paulo Guedes contestando a questão do salário mínimo. Aquele louco do Roberto Jefferson com aquela louca da Carla Zambelli saindo atrás de um negro no centro de São Paulo. Algumas decisões do TSE. Muitas coisas”, disse Nogueira ao ser questionado sobre o tema.

Ao jornal, o político disse também não acreditar que a contestação das urnas eletrônicas tenha sido um motivador da derrota de Bolsonaro para Lula, mas avaliou que a direita perdeu tempo ao se empenhar em torno do tema.

Atos golpistas

Ao falar sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Nogueira tratou ainda da parcela de culpa de Bolsonaro. Segundo defendeu, o discurso do aliado ‘pode até ser’ um dos motivadores dos terroristas, mas que os grandes culpados seriam as forças de segura em Brasília.

“O 8 de janeiro tem muitos culpados. Acho que isso aí [discursos de Bolsonaro contra as urnas] pode ser um fator, mas o grande culpado foi a inoperância das forças que deveriam proteger os palácios e agora nós estamos vendo um general, que é o [ex-]chefe do GSI, abrindo portas para os baderneiros entrarem”, respondeu.

Mauro Cid

Ciro Nogueira, na conversa, não saiu em defesa de Mauro Cid, militar que era braço direito do ex-presidente. Ele está preso por fraudes em cartões de vacinação e é investigado por mensagens que revelam uma trama golpista no entorno de Bolsonaro.

“Não tenho nem por que defender o Cid. Não estou condenando, mas ele que explique o que está no celular dele, qual a participação dele”, disse após negar que ele ou Bolsonaro tinham conhecimento dos planos golpistas expostos pela investigação da Polícia Federal.

“[Eu] Nunca soube de nenhum tipo de articulação. Com tanto indício, acho que fica claro que algumas pessoas pensavam isso [golpe de estado]. Mas eu não tenho nem dúvida que o presidente Bolsonaro, em minuto nenhum, nem autorizou, nem orientou, nem pensou nessa situação de golpe”, completou.

Governo

O senador também criticou a articulação política do atual governo, admitiu que parte dos parlamentares de seu partido querem apoiar o atual presidente, mas negou que a legenda irá deixar de ser oposição. Sobre a aproximação de Arthur Lira (PP) com Lula, o senador disse se tratar de algo mais pessoal do que representando a sigla.

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