Foto: EVARISTO SA / AFP
Jair Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) revelou indícios que sugerem a possível recepção de informações por parte do presidente Jair Bolsonaro, provenientes de uma alegada rede de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, atual deputado federal.
Os elementos foram apresentados à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
As evidências coletadas até o momento apontam que documentos e dossiês produzidos pela denominada "Abin paralela" eram impressos e encaminhados diretamente ao Palácio do Planalto durante o mandato de Jair Bolsonaro. Essa descoberta levanta questionamentos sobre a possível utilização inadequada e política dos serviços de inteligência do país.
Alexandre Ramagem
A investigação da PF indica que, em fevereiro de 2020, Alexandre Ramagem teria imprimido duas listas de inquéritos eleitorais em tramitação na PF do Rio de Janeiro. As listas, consideradas confidenciais, reforçam as suspeitas de interferência indevida por parte de Bolsonaro na Superintendência da PF do Rio durante o mesmo período.
Os investigadores concentram-se agora em rastrear a origem dessas informações, analisando os registros de acesso ao sistema da Polícia Federal.
Adicionalmente, o episódio coincide com a intensificação do uso do sistema de monitoramento First Mile pela Abin durante as eleições de 2020. Com metade das 60 mil consultas ao sistema ocorrendo nesse período, a investigação sugere uma possível instrumentalização da Abin para fins eleitorais, alinhados aos interesses do núcleo político.
Fonte: Brasil 247
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