Foto: Reprodução internet
Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira
O presidente Jair Bolsonaro oficializou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), como ministro-chefe da Casa Civil. A nomeação do líder do Centrão foi publicada em edição na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28).
Ciro Nogueira assume o posto de Luiz Eduardo Ramos, que migra para a Secretaria-Geral da Presidência, antes chefiada por Onyx Lorenzoni — este, por sua vez, ficará à frente do Ministério do Trabalho e Previdência.
A escolha de Ciro Nogueira para chefiar a Casa Civil, um dos mais importantes ministérios, é uma estratégia de Bolsonaro para conseguir apoio político do Centrão e evitar uma possível abertura de processo de impeachment, em meio à queda e popularidade, além das denúncias de corrupção e do desgaste sofrido pelas apurações da CPI da Covid.
A nomeação ainda sela o casamento entre Planalto e Centrão, o movimento é também um aceno ao Senado - que ainda não havia sido contemplado com um ministério e desejava espaço na Esplanada.
Com as mudanças, chega a quatro o número de ministérios ocupados pelo Centrão. O bloco também tem os deputados João Roma (Republicanos-BA) na Cidadania, Fábio Faria (PSD-RN) nas Comunicações e Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo.
Processos
O novo ministro da Casa Civil responde a cinco processos na Justiça — duas denúncias criminais e três inquéritos — que apuram suspeitas de suborno e distribuição de propinas.
Em fevereiro de 2020, ele foi acusado pela PGR de receber propina da Odebrecht em troca de favorecimento no Congresso à Braskem, empresa petroquímica controlada pelo grupo. Ciro Nogueira também já foi denunciado por suposta tentativa de atrapalhar a Lava Jato e é alvo de inquérito sobre suposto recebimento de propina nas eleições presidenciais de 2014.
Antes da união entre Bolsonaro e o Centrão, Nogueira era aliado do PT. Durante a corrida presidencial de 2018, ele se queixou da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, chegou a dizer que estaria com o petista "até o fim" e chamou Bolsonaro de "fascista". Piauiense, o novo ministro tem apelo eleitoral no Nordeste e pode ajudar o governo a se aproximar daquela região.
Fonte: Com informações do Estadão
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