Política

INVESTIGAÇÕES

Bolsonaro é investigado por "sumiço" de milhões da conta bancária dele

Os investigadores descobriram que parte dos R$ 17 milhões recebidos por Bolsonaro de seus apoiadores não está em suas contas bancárias

Da Redação

Sábado - 17/02/2024 às 11:16



Foto: Reprodução Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

Uma investigação em curso da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, trouxe à tona novas revelações sobre as finanças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gerando preocupações adicionais sobre sua conduta financeira.

Ao examinar as transações dos últimos meses, os investigadores descobriram que parte dos aproximadamente R$ 17 milhões recebidos por Bolsonaro de seus apoiadores via Pix no ano passado, já não estão mais em suas contas bancárias.

De acordo com as investigações, grande parte desse valor foi transferido para contas de advogados que representam o ex-presidente. Essas transferências levantaram suspeitas, já que os esses advogados deveriam ser pagos pelo Partido Liberal (PL) e não diretamente por Bolsonaro.

Uma nova frente de trabalho na Polícia Federal está sendo aberta. A expectativa é que a nova fase investigue ainda mais as atividades de Bolsonaro e as transações envolvendo os valores arrecadados de seus apoiadores. A PF tenta descobrir o caminho realizado pelo dinheiro.

Dinheiro de apoiadores

Uma das linhas de investigação sugere que os valores podem ter sido transferidos para terceiros e, posteriormente, retornarem de outras maneiras para membros da família Bolsonaro, levantando a possibilidade de lavagem de dinheiro.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), encaminhado à CPI do 8 de Janeiro, revelou que, entre janeiro e julho de 2023, Jair Bolsonaro recebeu uma quantia considerável de R$ 17,2 milhões em transferências via Pix.

Inicialmente, o dinheiro foi investido em fundos de renda fixa, mas parte dele foi retirada da conta que Bolsonaro mantinha no Banco do Brasil desde junho de 2020, gerenciada pelo tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As doações em grande escala foram realizadas após aliados, incluindo ex-membros do governo, divulgarem uma campanha online para arrecadar fundos visando pagar multas impostas a Jair Bolsonaro pelo sistema judicial. Esses aliados compartilharam a chave Pix do ex-presidente entre seus apoiadores, resultando em mais de 700 mil depósitos em um curto período.

Fonte: Rodrigo Rangel / Metrópoles

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