Polícia

Policias têm versões diferentes sobre motivação da morte do cabo do Bope

Para a Polícia Civil, o crime foi passional. Já a PM acredita em outra hipótese para a execução de Claudemir Sousa

Quarta - 07/12/2016 às 19:12



Foto: Divulgação Os suspeitos da morte do cabo do BOPE
Os suspeitos da morte do cabo do BOPE

Polícias têm versões diferentes sobre a motivação do crime

Com a prisão de cinco dos sete envolvidos na execução do cabo-PM Claudemir de Paula Sousa, de 33 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Polícia Civil diligencia para descobrir a motivação do crime. Até a tarde desta quarta-feira (7), a tese mais provável é de crime passional, ou seja, o PM foi morto por ciúme.

O cabo Claudemir foi executado com cinco tiros de pistola 380, sem chance de defesa, por volta das 20h55 de terça-feira (6), quando se preparava para deixar, de moto, a academia que frequentava no conjunto Sacy, na zona Sul de Teresina.

“Existe um pivô que é esta mulher, por ela já ter se relacionado com o Leonardo. Mas não podemos descartar nenhuma outra possibilidade, porque por ele ser um policial íntegro acabaria atrapalhando os negócios do próprio Leonardo, que tinha outras atividades ilícitas, como fraude no INSS. Não vamos parar na versão da passionalidade, vamos procurar todas as vertentes para que esses indivíduos permaneçam o máximo de tempo presos”, avisou o secretário de Segurança Pública, Fábio Abreu.

Crime passional

O delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), informou que a motivação do crime foi passional. “Durante todos os procedimentos de diligências, isso ontem, nós não sabíamos o motivo exato que teria motivado o crime. No entanto, após as diligências e com colhimento de depoimentos, eles [os acusados] começaram a falar o que, de fato, teria motivado o crime. Nós, então, achegamos na pessoa do Leonardo, que encomendou o crime, e não há mais dúvida que se tratava de um crime passional".

Outro motivação

Já o coronel-PM James Sean, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do qual Claudemir Sousa fazia parte, defende o colega de farda, insistindo que é preciso esclarecer que o cabo não estava envolvido com a mulher de Leonardo.

"Eles possuem esse ponto em comum, que pode ter despertado os ciúmes de Leonardo, mas é preciso esclarecer que ele não estava envolvido com uma mulher casada. Ele é um policial extremamente responsável. Não foi exatamente um crime passional, não tínhamos um policial nosso envolvido nesse tipo de caso, o crime passional subentende ciúmes, um duplo relacionamento que não ocorreu", garante o coronel.

Celeridade

O delegado Jung revelou como a polícia chegou aos criminosos, poucas horas depois da execução do cabo do Bope. “Logo após tomarmos conhecimento do fato criminoso, que vitimou este policial, tanto a Polícia Militar, Civil Rone e outros agrupamentos diligenciamos para primeiramente identificar os autores do crime. A parir desse momento identificamos o Wesley Marlon Silva , que é um dos executores, e chegamos aos outros envolvidos: Beto Jamaica, o taxista, que é considerado agenciador, que procurou outras pessoas para praticar o crime, já que não teve coragem de executar. Além disso, nós identificamos uma pessoa, vulgo Gordão e Francisco Luan de Sena, além de outras duas pessoas, Flávio Wilame, também conhecido como Bruno, Pequeno ou Boneco e uma mulher de nome Tainá, que também estava na cena do crime”.

Inocência

Chefe do Pátio do Aeroporto Petrônio Portela, em Teresina, Leonardo Ferreira Lima diz que foi acusado injustamente de ser o mandante do assassinato do policial do Bope. "Não tenho nada a ver com o crime, nem conhecer esse cabo conhecia".

O taxista José Roberto Leal da Silva, vulgo "Beto Jamaica", também garante que não participou da trama que resultou no assassinato, mas que conhecia, até almoçou com três, dos quatro acusados do assassinato, em uma churrascaria no bairro Mocambinho, na zona Norte de Teresina.

Fonte: Redação

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