Polícia

Superior Tribunal de Justiça concede prisão domiciliar a Arimateia Azevedo

Investigação aponta que o jornalista teria tentado extorquir um médico de Teresina

Valciãn Calixto

Sábado - 25/07/2020 às 09:01



Foto: Arquivo pessoal Jornalista Arimateia Azevedo, dono do portal AZ
Jornalista Arimateia Azevedo, dono do portal AZ

Um dia após ser preso, o jornalista Arimateia Azevedo, proprietário do Portal AZ, ganhou o benefício da prisão domiciliar em decisão do ministro João Otávio de Noronha, presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). 

O documento foi assinado às 21h59 desta sexta-feira (24) e a decisão comunicada à presidência do Tribunal de Justiça para que desse cumprimento ao documento. Arimateia, que estava na Penitenciária Irmão Guido vai aguardar seu julgamento em casa cumprindo medidas cautelares, entre as quais, a de não poder publicar nenhuma matéria jornalística.

"Cumpra a decisão proferida pelo STJ para que o paciente possa aguardar em prisão domiciliar o julgamento definitivo, mantidas as medidas cautelares, bem como o afastamento da direção e de qualquer participação no site de notícias Portal AZ ou qualquer outro veículo de imprensa", diz a decisão.

Relembre o caso

Arimateia foi inicialmente preso no último dia 12 de junho em sua casa no bairro Todos os Santos, zona Sudeste de Teresina. Na mesma operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), o professor Francisco Barreto, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), também foi preso no bairro Piçarreira, na zona Leste.

Segundo a investigação, o jornalista teria tentado extorquir um médico de Teresina e chegou a negociar R$ 20 mil para que parasse de publicar matérias negativas sobre o trabalho do profissional em seu portal de notícias. Barreto seria coautor do crime à medida que foi designado por Arimateia para se encontrar com o médico e receber o dinheiro combinado.

A empresa do jornalista também está sendo investigada por receber pagamentos indevidos do Estado do Piauí sem possuir regularidade fiscal, usando, para tanto, documentos fabricados. A última investigação está a cargo da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR).

O portal também está impedido de publicar qualquer matéria relacionada à vítima, ao GRECO. Caso haja descumprimento dessa orientação, o site está sujeito à multa de R$ 5 mil.

Decisão do STJ

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