Polícia

OPERAÇÃO PRODÍGIO

Presos, pai e filho lideravam esquema que deu prejuízo de R$ 19 milhões

Empresário e o pai fraudaram banco e desviaram milhões

Da Redação

Terça - 05/09/2023 às 11:13



Foto: Divulgação Polícia Civil Foram presas 30 pessoas
Foram presas 30 pessoas

O empresário Ilgner de Oliveira Bueno Lima e o pai dele Raimundo Isaías Lima foram presos juntos, nesta terça-feira, 5, pela polícia civil do Piauí na Operação Prodígio que cumpriu 30 mandados de prisão de suspeitos de integrarem esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a um banco da rede privada. Desse valor, R$ 6 milhões são relacionados a fraudes praticadas em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.

Em entrevista à imprensa, o diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, Anchieta Nery, informou que entre os presos, 22 foram capturados em Teresina e a maioria se concentra na zona Sul onde participavam de associação criminosa na zona Leste da capital.

Conforme a polícia, pai e filho são suspeitos de liderar o grupo de quase 30 pessoas. Alguns dos suspeitos presos têm entre 18 e 21 anos e diziam ser médicos e engenheiros para abrir contas bancárias, daí o nome da operação.

A FRAUDE

A ação deu cumprimento a 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão temporária nas cidades de Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.

A investigação policial, que durou mais de um ano, descortinou um esquema de fraude bancária que causou prejuízo de R$ 19 milhões a uma instituição financeira. Desse valor, R$ 6 milhões são relacionados a fraudes praticadas em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.

A fraude consistia em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com dados falsos (como profissão, renda etc.) que levassem o banco a aumentar o limite de crédito desse cliente. Uma vez aberta a conta, a associação criminosa simulava uma série de transações bancárias para “esquentar” a conta, de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima.

Quando o grupo criminoso acreditava ter atingido o máximo de limite de crédito possível, “tombava” o banco, não realizando mais qualquer pagamento.

Para levantar o dinheiro das contas da instituição financeira, o núcleo financeiro da associação criminosa se valia de empresas fantasmas e meios de pagamento diversos (cartão de crédito, boleto bancário) que envolvem múltiplas empresas do sistema financeiro. Tudo para dificultar a ação de investigação policial.

“O nome da operação ‘Prodígio’ faz referência ao fato de que alguns dos investigados, bastante jovens, com idade entre 19 e 21 anos, se apresentavam ao banco como médicos, até mesmo já com residência médica concluída. Algo bastante improvável. Outros apresentavam-se como engenheiros, com a mesma idade”, informou ao Diretor de Inteligência da SSP-PI, Anchiêta Nery.

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