Polícia

DESVIO

Polícia Federal cumpre mandados no Palácio de Karnak

Ainda não há detalhes sobre a operação, mas sabe-se que é um desdobramento da Operação Topique, deflagrada em janeiro deste ano

Alinny Maria

Quarta - 25/09/2019 às 07:39



Foto: Paulo Pincel Polícia Federal em Teresina
Polícia Federal em Teresina

Agentes da Polícia Federal (PF) estão no Palácio de Kanark, sede do Governo do Estado do Piauí, para cumprir mandados judiciais referentes à  'Operação Satélites', um desdobramento da 'Operação Topique', que investiga desvio de recursos e corrupção no transporte escolar. Ao todo, os agentes cumprem 19 mandados de busca e apreensão, sendo 18 em Teresina e um Luís Correia. Segundo a Polícia Federal, o desvio em recursos do transporte escolar no Piauí chega a R$ 50 milhões.

De acordo com a nota da PF, a ação acontece em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo da operação Satélites é  investigar crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes de licitação praticados por gestores públicos da Secretaria de Educação do Estado do Piauí (Seduc) e por empresários contratados para prestação de serviço de transporte escolar.

Desde às 6h desta quarta-feira (25), duas viaturas da Polícia Federal estão no local.  Além do Karnak, os policias também estão no Centro Administrativo, onde cumprem mandados na Secretaria da Infraestrutura do Estado do Piauí (Seinfra). 

Cerca de 80 Policiais Federais e 10 auditores da CGU participam da operação. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Seção Judiciária Federal em Teresina. Também foi determinado o bloqueio de bens imóveis e de ativos financeiros dos principais envolvidos. 

As investigações apontam que empresários do setor de locação de veículos e agentes públicos atuam em conluio para fraudar licitações e celebrar contratos de transporte escolar com sobrepreço. Os serviços são prestados com superfaturamento mínimo de 40%, causando prejuízo a recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Transporte Escolar - PNATE. Somente nos contratos celebrados a partir de dois processos licitatórios fraudados, cálculos da CGU demonstram o desvio de pelo menos R$ 50 milhões.

Os inquéritos policiais instaurados a partir dos documentos apreendidos na primeira fase da operação Topique revelam ainda o pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos lotados em cargos estratégicos da Seduc. De acordo com as investigações, o pagamento de propinas ocorre pela entrega de valores em espécie e pela transferência gratuita de veículos e imóveis. Enquanto muitos estudantes são transportados em condições precárias, os envolvidos ostentam bens móveis e imóveis de luxo.

Fonte: Polícia Federal

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