Polícia

SEGURANÇA PÚBLICA

PM amplia atendimento à mulher vítima de violência doméstica em todo Piauí

Mais de 100 policiais foram treinados para integrar a Patrulha Maria da Penha e expandir seus serviços

Da Redação

Sexta - 24/11/2023 às 16:40



Foto: Reprodução II Curso de Capacitação ao Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar
II Curso de Capacitação ao Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar

A Polícia Militar do Piauí concluiu na quinta-feira, dia 23, o II Curso de Capacitação ao Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar. Mais de 100 policiais foram treinados para integrar a Patrulha Maria da Penha e expandir seus serviços.

A coronel Elza Rodrigues, comandante do CPCOM, destacou a descentralização da patrulha da capital, evidenciando a implementação das bases em Piripiri, Parnaíba, Floriano e Picos. Com a formação dos novos profissionais, o objetivo é estender o serviço para os batalhões em todo o estado.

"É de fundamental importância, pois vai contribuir para a expansão da Patrulha Maria da Penha em outros batalhões do interior do estado. Nossa meta já foi atingida, que era descentralizar para as cidades de Piripiri, Parnaíba, Picos e Floriano. Já aconteceu e agora vamos expandir para outros municípios, outros batalhões. O curso foi decisivo, os policiais se sensibilizam pela integridade da mulher", declarou Rodrigues.

O comandante Geral da PMPI, coronel Scheiwann Lopes, assegurou que até o final do ano cada batalhão do interior terá o serviço da Patrulha Maria da Penha funcionando 24 horas.

“Nós saímos de duas Patrulhas Maria da Penha, neste ano, para mais de 18 unidades no interior. Estamos levando a Patrulha Maria da Penha para todos os municípios do Piauí. Todos os batalhões do interior terão uma guarnição da Patrulha Maria da Penha composta por policiais militares 24 horas à disposição das nossas mulheres e com a viatura lilás, tanto para garantir a prevenção quanto para o acompanhamento das medidas protetivas", afirmou o coronel Lopes.

Atualmente, aproximadamente 318 mulheres recebem assistência através deste serviço no estado. Muitas delas encontram na Patrulha Maria da Penha a coragem para denunciar os casos de violência e aprovam o suporte oferecido pela PMPI.

Relatos

Uma das assistidas, Francinete, relatou sua experiência: “Sou acompanhada pela Patrulha Maria da Penha, particularmente, no início, eu não quis dar parte. Eu vivia sofrendo tortura psicológica e verbal. Aí muitas pessoas chegaram a me aconselhar. Então, quando ele agredia só a mim, eu estava recuando, mas quando ele passou a agredir o meu filho, isso ele fez para me atingir. Eu saí do meu emprego, passei cerca de 22 anos passando por isso, até quando eu decidi colocar um ponto final nessa história. Aí fui atrás de ajuda e fui muito bem recebida, muito bem acompanhada, todas as semanas a patrulha passava na minha casa, me acompanhando, perguntando o que eu precisava, o que estava faltando e acontecendo”.

Para as assistidas, a Patrulha Maria da Penha representa apoio, amparo e fortalecimento. Uma delas destacou: “O que eu tenho a dizer da Patrulha Maria da Penha é só agradecer porque desde o início eu fui amparada psicologicamente. A equipe está de parabéns. Eu recebi amor e atenção. A mulher que está em situação de risco precisa acreditar na equipe que faz a Patrulha Maria da Penha, acreditar na PM. E é isso que eu peço a vocês. O apoio psicológico é fundamental. Quando a gente pede socorro, a gente só acredita em vocês [profissionais da Patrulha Maria da Penha]. É o que a gente tem para se agarrar, é na Polícia e na Justiça. E que esse serviço se estenda para o interior. Nós somos fortes e guerreiras e temos o apoio da patrulha para nos tornarmos mais fortes ainda”, finalizou.

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