Polícia

OPERAÇÃO PRODÍGIO

Pedido o bloqueio de contas e bens dos presos que aplicaram golpe em banco no PI

Todos os 30 presos devem passar hoje por audiência de custódia

Cintia Lucas

Quarta - 06/09/2023 às 11:11



Foto: Divulgação SSP/PI Polícia faz busca e apreensão
Polícia faz busca e apreensão

A Superintendência de Operações Integradas do Piauí (SOI) pediu o bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens de todos envolvidos na Operação Prodígio, deflagrada nessa terça-feira, 5, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

No documento, a SOI informa que que realiza representação policial por prisão temporária, busca e apreensão domiciliar, extração de dados, compartilhamento de provas para investigar os delitos de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa contra todos os envolvidos em face ao Banco Santander S.A.   

Todos os 30 presos devem passar hoje por audiência de custódia. A informação é da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí. Os presos são acusados de fraude contra instituição bancária do Piauí que gerou prejuízo de R$ 19 milhões. A polícia atuou em: Teresina, Amarante, Floriano, Demerval Lobão e Nazaré do Piauí.

A polícia divulgou os nomes de todos os envolvidos, incluindo pai e filho: o empresário Ilgner de Oliveira Bueno Lima e o pai dele Raimundo Isaías Lima. O crime foi denunciado ao banco Santander por Ângela Marques de Almeida Terto, fonoaudióloga e esposa de Anderson Ranchel, também conhecido como o "líder ostentação" da organização criminosa. Ela sofria violência doméstica e resolveu denunciar o esquema. Está também foi presa.

Anderson Ranchel

A fraude consistia em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com dados falsos (como profissão, renda, etc.) que levassem o banco a aumentar o limite de crédito desses clientes. Uma vez aberta a conta, a associação criminosa simulava uma série de transações bancárias para "esquentar" a conta, de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima.

Quando o grupo criminoso acreditava ter atingido o limite máximo de crédito possível, "tombava" o banco, não realizando mais qualquer pagamento. Para retirar o dinheiro das contas da instituição financeira, o núcleo financeiro da associação criminosa utilizava empresas fantasmas e diversos meios de pagamento (cartão de crédito, boleto bancário) que envolviam múltiplas empresas do sistema financeiro, tudo isso para dificultar a investigação policial. Presos Alguns dos suspeitos presos têm entre 18 e 21 anos e diziam ser médicos e engenheiros para abrir contas bancárias, daí o nome da operação.

Confira o documento:

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